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Saiba por que você não deve deixar cães darem “lambeijos” no seu rosto

Os cachorros costumam demonstrar todo o amor e carinho que sentem por seus humanos, no entanto, estudo diz que as lambidas podem trazer doenças

Quem tem um cachorro sabe que as lambidas deles são um grande demonstração de carinho. Alguns tutores gostam até de receber os “lambeijos” no rosto, no entanto, o ato também pode trazer problemas de saúde. De acordo com um estudo feito em Portugal e no Reino Unido, cães e gatos de estimação saudáveis podem ser transmissores de bactérias resistentes a antibióticos para humanos. Com isso, eles se tornam verdadeiros “reservatórios” de germes.

Essa pesquisa foi publicada no Portal Metrópoles e feita pelas pesquisadoras Juliana Menezes, da Universidade de Lisboa, em Portugal, e Sian Frosini, do Royal Veterinary College, no Reino Unido. O objetivo delas era de descobrir se as bactérias resistentes podem ser transmitidas dos animais para os tutores.

Para a médica veterinária Débora Brescianini, proprietária da clínica Nugvet, em Curitiba, o estudo é relativamente novo e é fato que os animais tem uma contaminação bacteriana maior do que a flora normal. A boca dos cães é uma região que pode abrigar uma grande variedade de bactérias, algumas delas potencialmente letais. Por isso, é importante não deixar que os “lambeijos” aconteçam perto da boca dos humanos.

“Alguns proprietários não tem aquele cuidado com a boca. Na escovação, as pessoas dão uma falhada. Há vários produtos que você consegue usar para controle das bactérias excessivas, mas muitas pessoas não fazem esse controle”, conta

Na pesquisa realizada em Portugal e no Reino Unido, foram recolhidas amostras de fezes de 58 pessoas saudáveis ​​e de 18 gatos e 40 cães que viviam com eles em 41 lares em Portugal e de 56 pessoas saudáveis ​​e 45 cães de 42 lares do Reino Unido. A análise mostrou a presença de bactérias resistentes a medicamentos em 14 cães e 15 humanos, ou seja, confirmou a hipótese de transmissão.

De acordo com Débora, a boca dos cães também é muito diferente da dos humanos porque os animais tem outro sistema digestivo. “Eles trabalham muito na parte da boca e comem coisas diferentes. Comem coisas do chão e sujas, há a necessidade de uma ação antisséptica”, diz.

Até o momento, a especialista avalia que o estudo feito em Portugal e no Reino Unido carece de informações mais concretas. Segundo ela, a maioria das bactérias na boca dos cães não deve causar riscos para os humanos.

“A flora normal deles não mexe muito com a nossa situação ou imunidade. Salvo com os animais que tem a boca com muito tártaro”, destaca

A resistência a antibióticos é uma das maiores ameaças à saúde pública porque pode tornar diversas doenças como intratáveis. Por isso, as pesquisadores do exterior recomendam que os tutores pratiquem uma boa higiene ao redor de seus bichos de estimação. Além disso, pede que humanos reduzam o uso de antibióticos desnecessários em animais de companhia e pessoas.

Com Banda B

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