Quatro tinham mandado de prisão; quinta pessoa foi presa em flagrante com drogas, mas confessou que também participou do “tribunal do crime”
A polícia prendeu, nesta quinta-feira (07), cinco suspeitos de torturar, matar e atear fogo no corpo de Bruno Henrique Camargo de Moraes, 22 anos, em fevereiro deste ano, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Os suspeitos ainda filmaram toda a tortura e execução e postaram nas redes sociais, para impor medo aos moradores locais. Os cinco foram localizados numa casa da Vila Zumbi dos Palmares, na cidade.
Conforme apuração do repórter Tiago Silva, da RICtv, Bruno Henrique se meteu em confusão com um traficante da vila. Revoltado com a venda de drogas no bairro, Bruno ateou fogo no carro do traficante. Isso atraiu o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Guarda Municipal ao local, o que gerou uma enorme confusão na vila.
Além do carro incendiado, o que irritou mais ainda o traficante foi justamente a presença das forças de segurança no bairro, o que prejudica a venda de drogas. Como Bruno sabia que estava jurado de morte, fugiu da Vila Zumbi. Mas sempre voltava para ver a namorada, Thayane Moreira.
Tribunal do crime
Um dia, apurou o repórter Tiago Silva, Thayane ligou para o namorado, falando que havia um local seguro para eles se encontrarem. Bruno foi à vila e acabou atraído para uma emboscada. Os traficantes torturaram Bruno, mataram a tiros e atearam fogo no corpo, na Rua Florindo Trevisan, no bairro Rincão. Ainda postaram o vídeo nas redes sociais, para dar um recado de medo aos moradores.
Na manhã desta quinta-feira (07), a Polícia Civil tinha mandados de prisão para quatro suspeitos. Todos foram localizados. Conforme a polícia, Luiz Fernando, o “Nando”, foi o executor de Bruno. João Lucas de Souza foi quem filmou tudo. Thayane teria armado a emboscada. E Márcia Souza assistiu e participou de tudo.
Na residência onde os quatro foram presos ainda havia mais três pessoas, em posse de drogas. Eles acabaram presos também e um deles confessou que também participou do assassinato de Bruno. Todos foram levados à delegacia do Alto Maracanã.