Especialista afirma que tosse só pode ser considerada como crônica quando permanece por mais de quatro semanas
Depois que a Covid-19 atacou o mundo, milhares de pessoas estão mais atentas a possíveis sintomas de doenças. Nos meses de maio, junho e julho, é comum que doenças respiratórias de época voltem a aparecer. Por isso, mais pessoas ficam doentes nesta época do ano. Em janeiro e março, em Curitiba, cerca de 15% dos atendimentos médicos, nas unidades básicas de saúde e/ou consultórios, estão ligados às doenças respiratórias.
Um dos sintomas mais comuns das doenças respiratórias de época é a tosse, que muitas vezes é persistente. Há relatos de pessoas que têm sofrido com a tosse por até seis meses.
De acordo com o pneumologista e professor de Medicina da Universidade Positivo Dr. Ricardo Alves, é importante lembrar que a tosse é um sintoma e não uma doença propriamente dita. Por isso, apenas a tosse não vai ser capaz de concluir que o paciente está doente.
“Quando que a tosse se torna crônica? Até quatro semanas, é uma tosse aguda ou sub-aguda, depois é uma tosse crônica”, explica o médico
Para Ricardo, o paciente precisa, acima de tudo, saber se a causa da tosse pode ser preocupante. “Por exemplo, um paciente com asma pode ter tosse crônica. Alguns só tem a tosse como sintoma único, causada pelo próprio ambiente”, diz
O médico ainda ressalta que doenças como rinite e sinusite podem desencadear em tosse crônica. Além disso, pessoas com refluxo gastroesofágico, tuberculose, câncer ou insuficiência cardíaca também podem apresentar tosse frequente.
“Tosse de poucos dias, sem outros sintomas de alarme. Não está com febre, falta de ar, dor torácica, isso muitas vezes isso é um quadro passageiro e benigno”, explica o especialista
No entanto, Ricardo reforça que há casos de tosse que podem ser preocupantes. “Uma tosse que se estender por 2,3 semanas sem causa aparente e se passar por 4 semanas é recomendável que se faça uma consulta médica para uma avaliação”.