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Entenda por que temporal provocou estragos no Paraná

Uma combinação de fatores meteorológicos, como frente fria e uma área de baixa pressão, indicavam um volume de águas menor

Nas estações do ano de transição, como é o caso do outono e da primavera, é mais comum termos alguns ajustes da previsão do tempo de forma quantitativa do que qualitativa. Ou seja, é mais fácil ter algum equívoco em relação à quantidade de chuva prevista do que com o fato de chover ou não. Isso acontece porque o outono é uma estação entre o verão, que é quente e úmido, e o inverno, que é seco e frio.

Isso ajuda a explicar o temporal que atingiu áreas do Paraná, que trouxe um volume de águas maior do que o previsto, além do granizo que atingiu pontualmente o sudoeste do estado e foi responsável pelos estragos. Além da frente fria, havia uma área de baixa pressão que, segundo os meteorologistas, traz uma menor previsibilidade para chuvas na região.

No entanto, a estimativa feita para o Rio Grande do Sul neste início de semana com 200 milímetros previstos acertou em cheio e o volume chegou a 210 milímetros em apenas 24 horas, em Quaraí, no sudoeste do estado. A chuva é decorrente da formação de um novo sistema frontal que, desta vez, vai trazer mais chuva para o Rio Grande do Sul do que para o Paraná. “No Paraná, há previsão de pouca chuva, mas como o solo já está encharcado, não se descarta a ocorrência de novos problemas”, diz a meteorologista da Climatempo Desirée Brandt.

Enquanto isso, todo o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil seguem com o tempo seco por conta do bloqueio atmosférico, que impede o avanço das frentes frias do Sul, não permitindo que a umidade chegue às áreas de milho segunda safra, diminuindo as expectativas de produtividade em Mato Grosso, por exemplo. Apenas no início de maio, há chance de um episódio de chuva que talvez seja insuficiente para reverter o déficit hídrico em alguns locais.

Uma nova atualização também do frio que está previsto para o Sul em relação à previsão feita anteriormente. A partir de agora, os modelos numéricos de previsão do tempo já estão enxergando a possibilidade de geada para lavouras de milho, feijão e hortifrúti do Paraná, no decorrer da semana que vem, trazendo ainda mais prejuízos para os produtores deste estado.

“Mais importante do que acompanhar as previsões do tempo é fazer o monitoramento climático diário e ser vigilante, porque as previsões sofrem atualizações diárias”, afirma Desirée Brandt.

Canal Rural

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