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Quebra de safra: Bueno pede à ministra ação urgente para socorrer produtores da Comcam

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) pediu à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a adoção de medidas urgentes para socorrer os agricultores do Estado do Paraná, que estão sendo afetados pela severa estiagem que atinge em especial os 25 municípios da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam). Levantamento divulgado no último dia 27 de janeiro pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, indica uma redução de 46% na produção de soja e 62,73% na de milho na região de Campo Mourão. 

Entre as ações sugeridas pelo deputado estão renegociações das dívidas de crédito rural, medidas para garantir o acesso ao seguro rural e ao Proagro, redução nos prazos para análise das perdas e para comunicação do resultado sobre os pedidos de cobertura, ampliação do prazo do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para as cidades da Comcam e monitoramento da estrutura das empresas seguradoras em relação à quantidade de peritos e a demora na liberação das áreas para que possam ser feitos novos plantios.  

“Essas perdas possuem efeitos irreversíveis para a produção de grãos no Brasil. O governo precisa entender que a situação é gravíssima e os agricultores não podem esperar os prazos habituais dos órgãos governamentais, que muitas vezes demoram demais para dar apenas uma resposta”, alertou Rubens Bueno em documento enviado à ministra.

Pela estimativa inicial do Deral, a produção de soja na região da Comcam seria de 2.623.690 milhões de toneladas e caiu para 1.416.792 milhão de toneladas, o que representa uma perda de 1.206.898 milhão de toneladas. Já a quebra do milho 1ª safra foi ainda mais expressiva. A estimativa era de 216.540 toneladas, porém devido à estiagem o volume foi reduzido para 80.662 toneladas.

Segundo o presidente da Comcam, Leandro César Oliveira, prefeito de Araruna, os municípios pertencentes a Comcam, e que são essencialmente agrícolas, vêm solicitando decreto de situação de emergência com o objetivo de facilitar o atendimento a aviários, pecuaristas, entre outros, além de auxílio aos produtores rurais nas questões relativas ao seguro rural e renegociação de dívidas junto às instituições financeiras. 

De acordo com Rubens Bueno, em reunião realizada na sede da cooperativa Coamo, em Campo Mourão, as entidades apresentaram preocupação com a estrutura das empresas seguradoras e em relação à quantidade de peritos e a demora na liberação das áreas para que possam ser feitos novos plantios. “Houve recorde no acionamento do seguro agrícola pelos produtores rurais nesta safra de verão e 52% dos seguros dos cooperados já foram acionados, o que representa R$ 1,2 bilhão”, relatou o deputado no pedido à ministra.

Ampliação de prazo

No requerimento ao Ministério da Agricultura, Rubens Bueno ainda solicita a ampliação do prazo do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para implantação da cultura do milho safrinha de 28 de fevereiro para 10 de março.  “Em alguns municípios muitos agricultores vão plantar em datas posteriores ao encerramento do zoneamento atual, aguardando a conclusão da colheita da soja e retomada das chuvas, e correm o risco de ficar fora do Proagro, seguro agrícola direcionado aos beneficiários do Pronaf”. 

A ampliação do prazo aumentaria a janela de plantio em 10 dias, especificamente nos municípios de Altamira do Paraná, Araruna, Boa Esperança, Campina da Lagoa, Mamborê, Nova Cantu, Peabiru, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Farol, Juranda, Luiziana e Roncador, regiões onde o plantio está mais atrasado.

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