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Câmeras flagram atentado contra ‘trafigata” em Curitiba; ASSISTA

Nas imagens, é possível ver o momento em que Camila e o amigo pegam compras de mercado de dentro do veículo e são surpreendidos por dois suspeitos em um veículo Palio cinza; assista

Câmeras de segurança flagraram o atentado com mais de 20 tiros contra Camila Marodin, conhecida como ‘Trafigata’ em Curitiba. As imagens foram obtidas pela reportagem da RICtv nesta terça-feira (1) e mostram o momento em que a mulher se esquiva dos disparos feitos em direção à casa onde mora. Um amigo de Camila, Paulo Sérgio Veiga de Almeida, de 25 anos, que também estava no local, foi atingido pelos tiros e está internado.

Nas imagens, é possível ver o momento em que Paulo e Camila pegam compras de mercado de dentro do veículo e são surpreendidos por dois suspeitos em um veículo Palio cinza. Os atiradores fazem vários disparos. Camila e o amigo se abaixam e a mulher chega a usar o carro para se proteger.

Veja o vídeo:

A ação é rápida e dura poucos segundos. Após o acontecido, Camila pediu ajuda para um vizinho, que os levou até o hospital para que Paulo recebesse atendimento. A mulher ainda enviou um áudio para o advogado, informando o que tinha acontecido. Desde que foi solta, Camila se mudou várias vezes por receber ameaças de morte. Ela afirmou que havia pedido para Paulo ir no mercado para ela e, quando ele retornou, o atentado aconteceu.

“A gente tava carregando as compras, chegou um carro e meteu muito tiro, muito tiro na gente. Acabou pegando dois tiros no menino que foi fazer o mercado. A gente saiu de lá desesperado para o hospital, ele tá em risco de vida ou morte, e eu estou em uma situação cada vez pior”,

disse Camila ao advogado.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso. O delegado Tito Barichello contou que acredita que o atentado tenha sido feito por membros de uma organização criminosa. Até o momento, os suspeitos ainda não foram identificados.

“Aparentemente é uma emboscada, uma emboscada organizada porque Camila estava em um local escondido, ela havia mudado de endereço há pouco tempo, então não é aquela situação que ela estivesse na rua à disposição de criminosos e alguém que tivesse um desacerto comercial ou pessoal em momento anterior aproveitou a situação, não. A pessoa teve que pesquisar, a pessoa teve que planejar uma emboscada e custa caro isso. É uma atividade ilícita organizada, típica de organização criminosa”,

disse o delegado.

O advogado de Camila Marodin, Claudio Dalledone, afirmou que teme pela vida de Camila e levantou suspeitas sobre a forma como os atiradores descobriram onde a mulher estava. “Quem foi até este endereço sabia o que até então só a Central de Monitoramento sabia, que é efetivamente o local onde ela estava escondida, e isso é muito sério”, frisou ele. “Eu não estou fazendo uma acusação, eu estou dizendo que é suspeito, e tudo que é suspeito deve ser investigado”.

Ainda, Dalledone disse que irá solicitar um segundo depoimento para Camila que, por estar nervosa, não teria conseguido contar para as autoridades todas as circunstâncias do atentado.

‘Trafigata’

Camila (foto) passou a ser conhecida como ‘Trafigata’ depois que seu marido, Ricardo Marodin, foi executado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e ela foi presa apontada como uma das líderes da organização criminosa chefiada pelo esposo

Paulo foi um dos detidos junto com Camila em novembro de 2021, em Matinhos, no litoral do Paraná. Na ocasião, a mulher passou a responder pelos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, devido a  cerca de R$ 1,3 milhão encontrados em sua conta bancária. Camila negou qualquer envolvimento com a criminalidade e, após 40 dias, deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. 

Operação Ostentação

A Justiça autorizou o bloqueio do dinheiro que estava na conta de Camila, além de 13 imóveis – avaliados, ao todo, em R$ 3 milhões – que estavam no nome de laranjas, mas que a polícia suspeita de que sejam de posse da quadrilha, entre eles imóveis de alto padrão. Mais cinco carros de luxo – dois Audis, um Honda, um Camaro e um Porsche – e também uma moto, foram apreendidos.

A polícia encontrou também 39 armas, a maioria delas com um armeiro conhecido por fazer reparos em armamentos, mas que estava com armas irregulares. Ainda, em dinheiro, foram apreendidos ao todo R$ 120 mil. As investigações apontam que os carros e imóveis eram usados para canalizar os valores obtidos ilegalmente com o tráfico de drogas.

Durante a operação, que contou com mais de 40 mandados judiciais, houve um confronto em Piraquara e um suspeito morreu. O indivíduo, que tinha passagens criminais e era suspeito de participação em associação criminosa, reagiu à abordagem dos policiais e acabou baleado.

Morte de Ricardo Marodin

Ricardo Marodin foi assassinado a tiros no final da festa de aniversário do filho, que estava sendo realizado em um buffet infantil em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro suspeitos fortemente armados chegaram em um carro modelo Voyage prata, surpreenderam Marodin – que segundo Camila estava do lado de fora guardando coisas no carro – e fizeram diversos disparos contra a vítima. Marodin não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no dia 7 de novembro.

Na manhã do dia 10 de novembro, dois homens, Thiago Cesar Carvalho, que era ex-policial militar, e Guilherme Antônio da Costa, foram mortos a tiros e estavam em um carro do mesmo modelo e cor do veículo usado no assassinato de Marodin, um Voyage prata. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello, afirmou que os crimes podem ter relação, já que as vítimas Ricardo e Thiago se conheciam.

RIC Mais

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