Seis em cada dez paranaenses defendem uso obrigatório de máscara em locais públicos, diz pesquisa
O dado é resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto Opinião, divulgada nesta sexta-feira (24)
A obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos ao público é defendida por 61,6% dos paranaenses. O dado é resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto Opinião, divulgada nesta sexta-feira (24).
A pesquisa, que ouviu 1.152 moradores entre os dias 16 e 20 de dezembro, mostrou, ainda, que 32,1% dos entrevistados não concordam com a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos no Paraná.
O diretor do Instituto Opinião, Arilton Freres, afirmou que o dado sobre a quantidade de pessoas que concordam com a obrigatoriedade do uso de máscara no Paraná chama a atenção.
“Algo que chama a atenção é que a maioria acha que as máscaras devem se manter obrigatórias mesmo com a queda da pandemia”, disse.
Entre os entrevistados acima de 16 anos que responderam aos questionamentos do instituto por telefone, 6,3% não sabiam responder ou não quiseram opinar sobre o assunto.
A margem de erro da pesquisa é de 2,43 pontos percentuais, para mais ou para menos. A confiabilidade da apuração é de 90% para a média geral da pesquisa.
Variante Ômicron
Os planos da Prefeitura de Curitiba de liberar o uso de máscara em locais público, em dezembro, fracassaram diante da descoberta da variante Ômicron. Em entrevista à Banda B, a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, chegou a afirmar que a expectativa era ter flexibilizado o uso do equipamento de proteção neste mês.
“A gente tinha uma pretensão, mas o vírus tem nos desafiado. A gente tinha uma pretensão, talvez, se não tivesse a variante ômicron, de liberar o uso da máscara em ambientes externos agora em dezembro. Mas, com a chegada da ômicron, tudo ficou em stand-by. Até tem uma recomendação da Secretaria de Estado da Saúde da manutenção e a gente está alinhado da mesma forma”, disse Huçulak.
A medida de manter o uso de máscaras sob obrigatoriedade vai ao encontro da conduta de países europeus que têm demonstrado preocupação em relação à nova variante da Covid.
A Espanha, por exemplo, decidiu reimpor o uso do equipamento de proteção em locais públicos. O país registrou cerca de 50 mil casos de Covid-19 em um intervalo de 24h, no dia 22 de dezembro.
Já a Holanda entrou em um novo lockdown, no último domingo (19), na tentativa de diminuir os casos da variante Ômicron. Segundo o primeiro-ministro Mark Rutte, lojas, restaurantes, bares, cinemas, teatros e outros serviços não essenciais não abrirão as portas ate o dia 14 de janeiro de 2022.
A Grécia e a França decidiram suspender as celebrações de Natal e Ano Novo.
Vacina e queda de mortes em Curitiba
De março deste ano, logo no início da campanha de vacinação contra a Covid, até novembro, o número de mortes pela doença em Curitiba caiu 95,4%, segundo um levantamento divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) nesta quinta-feira (23).
A título de comparação, 1.039 óbitos foram registradas em março, enquanto em novembro foram contabilizadas 48 mortes.
De acordo com o boletim desta quinta-feira (23), da SMS, Curitiba não registrou mortes pelo novo coronavírus no período de 48h pelo terceiro dia consecutivo. A última morte registrada pela doença ocorreu na segunda-feira (20).
Ao todo, a capital contabiliza 7.813 óbitos na cidade provocadas pela Covid-19. Com as 34 novas infecções registradas, a capital paranaense chegou a 299.351 casos, desde o início da pandemia.
Outros fatores que mostram o sucesso do combate à doença em relação à vacinação e manutenção dos cuidados são os indicadores de casos ativos da doença na cidade e a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Havia, até esta quinta, 719 casos ativos do novo coronavírus na cidade, o que corresponde ao número de pessoas com potencial para transmitir o vírus.
Já a taxa de ocupação dos 100 leitos de UTI do SUS (Sistema Único de Saúde) exclusivos para a Covid estava em 19% neste dia. Restavam 81 leitos livres.
Além disso, a taxa de ocupação dos 94 leitos de enfermarias do SUS, também exclusivos para a Covid, estava em 27%, restando 69 leitos vagos.
Até quarta-feira (22), Curitiba vacinou 1.577.466 pessoas com a primeira dose ou dose única (Janssen) da vacina contra o novo coronavírus, o que corresponde a 81% da população total da cidade.
Se considerada a vacinação de pessoas com 12 anos completos ou mais, o percentual sobe para 94,7%.
Sobre a população completamente imunizada (com duas doses ou dose única), a cobertura vacinal chega a 75,2%.