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Projeto Caminhos do Peabiru vai resgatar trilha histórica e fomentar o turismo no Paraná

Apresentado a prefeitos, deputados e iniciativa privada, projeto vai estruturar o antigo caminho usado por incas e guaranis. O trecho tem 1.550 quilômetros de extensão e percorre 86 municípios.

O Paraná vai resgatar a trilha histórica do Caminho do Peabiru, um trecho de 1.550 quilômetros de extensão que percorre 86 municípios e 29 distritos administrativos. O projeto foi apresentado pelo chefe da Casa Civil, Guto Silva, e pela superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, a prefeitos, deputados e parceiros da iniciativa privada nesta quarta-feira (1º), no auditório do Museu Oscar Niemeyer (MON). 

O Caminho do Peabiru visa resgatar, proteger e fomentar o turismo e a cultura das cidades que circundam a trilha histórica. Os caminhos são ramificados e vão de Paranaguá a Peabiru (800 km passando por 30 municípios), de Peabiru a Foz do Iguaçu (450 km e 36 municípios) e de Peabiru a Guaíra com (300 km e 18 cidades).

“Os incas e os guaranis se comunicavam por esta trilha no período conhecido como Antes de Cristo, guiados pela Via Láctea. Para os guaranis, era a terra sem mal e para os incas era o caminho para a busca da nascente do sol. Temos no Paraná uma maravilha de conexão humana, social, espiritual, econômica e histórica”, destacou Guto Silva.

A apresentação buscou o engajamento das prefeituras no projeto, que será lançado oficialmente no ano que vem. A Fundação O Boticário e o Sebrae já formalizaram apoio. As prefeituras não terão custo, mas serão responsáveis por ajudar no desenho do caminho em cada município.

“A expectativa é que a partir do momento que tivermos esse caminho com infraestrutura, portais, sinalização para o viajante, e indicações de hotéis, restaurantes, comércio e atrações no entorno, vamos poder sincronizar os ativos empresariais de cada cidade com o caminho nos municípios, gerando mais empregos e mais renda”, disse Guto Silva.

O Governo do Paraná ficará responsável por toda a sinalização, pelos portais e também pela tecnologia a ser oferecida aos turistas, como aplicativos de celular. “Quando começarmos a contar essa história teremos um grande potencial econômico nos municípios”, reforçou o chefe da Casa Civil.

Para a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, a iniciativa tem tudo para para se somar às atrações turístico-culturais do Paraná, levando desenvolvimento e fomento a dezenas de cidades. “A história e a memória dos povos originários se encontram com recursos naturais que cortam o solo deste Estado. Não tenho dúvida de que este é um grande projeto deste governo, que se converterá em um legado para as próximas gerações”, disse Luciana Casagrande Pereira.

As secretarias da Educação e do Esporte e do Desenvolvimento Sustentável estão envolvidas diretamente no projeto. A SEED vai colocar no currículo dos alunos da rede estadual a história do caminho do Peabiru e a superintendência de Esportes vai promover caminhadas e eventos esportivos nos locais. A Paraná Turismo, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), irá fazer a gestão das atividades turísticas a serem desenvolvidas em todos os municípios participantes.

“É um momento importante para alavancar o desenvolvimento dos municípios, com geração de emprego e renda. O Caminhos do Peabiru hoje é um projeto cultural, com entendimento da existência dos ancestrais, e isso será transformado em um produto turístico”, disse o secretário Márcio Nunes. 

Um grupo de trabalho da Sedest analisará cada trecho. O diagnóstico identificará a necessidade de sinalização, suporte de infraestrutura, apoio aos empresários para que possam se adequar para receber os turistas. Serão estudados também os setores possíveis de exploração em cada região, como a possibilidade de implantar o cicloturismo, cavalgadas, entre outros.

CAMINHO – Os caminhos do Peabiru fazem parte da milenar rota transcontinental que ligava o Oceano Atlântico ao Pacífico, atravessando o Brasil, passando por Paraná, São Paulo e Santa Catarina e Paraguai, Bolívia e Peru. A região conta com vestígios arqueológicos que ultrapassam 3 mil quilômetros, carregados de histórias, lendas e aventuras.

O percurso histórico, criado pelos índios guaranis, integra a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (Rede Trilhas) do governo federal e foi declarado Patrimônio de Natureza Cultural e Imaterial Paranaense a Rota Transcontinental Caminhos do Peabiru.

As rotas sinalizadas pelo projeto vão estimular a economia criativa, atrair turistas nacionais e internacionais, incrementar as redes de restaurantes, pousadas, hotéis, artesanato e o comércio local; estimular a saúde pelo contato com a natureza, jogos, caminhadas, cavalgadas, dentre outros eventos, inclusive, divulgação dos pratos típicos.

PRESENÇAS – Também participaram da apresentação do projeto prefeitos dos municípios da rota e os deputados estaduais Alexandre Amaro, Galo e Gilson de Souza.

Confira as cidades/regiões participantes:

Altamira do Paraná, Alto Alegre do Iguaçu, Altônia, Anahy, Antonina, Araruna, Assis Chateaubriand, Barbosa Ferraz, Boa Esperança, Boa Ventura do São Roque, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Campina da Lagoa, Campina Grande do Sul, Campo Bonito, Campo Largo, Campo Magro, Campo Mourão, Cândido de Abreu, Capanema, Capitão Leônidas Marques, Carambeí, Castro, Catanduvas, Céu Azul, Colombo, Corumbataí do Sul, Curitiba, Farol, Fênix, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Francisco Alves, Goioerê, Guaíra, Ibema, Iguatu, Iratema, Janiópolis, Jesuítas, Juranda, Lindoeste, Luiziana, Mamborê, Manoel Ribas, Maripá, Marmeleiro, Matelândia, Medianeira, Nova Cantu, Nova Prata do Iguaçu, Nova Santa Rosa, Novas Tebas, Palmeira, Palotina, Paranaguá, Peabiru, Pinhais, Piraí do Sul, Piraquara, Pitanga, Planalto, Ponta Grossa, Prudentópolis, Quarto Centenário, Quatro Barras, Quinta do Sol, Rancho Alegre do Oeste, Realeza, Reserva, Roncador, Salto do Lontra, Santa Izabel Do Oeste, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha do Itaipu, São José dos Pinhais, São Luiz do Purunã, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Terra Roxa, Tibagi, Três Barras do Paraná, Turvo e Ubiratã.

AEN

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