Também conhecida como pílula azul, o viagra é um medicamento usado no tratamento da disfunção erétil, ou seja, por pessoas que possuem pênis. Por isso, o uso em mulheres não é aprovado, e em muitos países é preciso de receita para conseguir a medicação.
Então, o que acontece se uma mulher tomar viagra? Antes de descobrir as possibilidades, é preciso entender que o sildenafil, ou seja, o princípio ativo do viagra, foi descoberto inicialmente na década de 1980 como um tratamento para dores no peito relacionadas a problemas cardíacos.
A ação da droga, portanto, é bloquear a ação de uma enzima chamada PDE5, relaxando os vasos sanguíneos, aumentando o fluxo e diminuindo a pressão sanguínea. Até que um efeito colateral foi descoberto: a ereção. Os cientistas confirmaram que o sildenafil é eficaz para aumentar o fluxo sanguíneo para o pênis, e como a disfunção erétil era comum em todas as idades, logo a pílula passou a ter essa indicação.
E como ele age nas mulheres?
Mesmo que a pílula azul não seja indicada para quem não tem pênis, diversos estudos científicos exploram seus efeitos em relação a quem tem vagina. É conhecido, então, que a substância provoca um aumento no fluxo sanguíneo para a vagina e o clitóris, pois a proteína PDE5 também se expressa nos músculos lisos vaginais, clitoriais e labiais.
Um dos estudos chegou a estudar se os efeitos do viagra poderiam ajudar mulheres com baixa libido provocada pelo uso de antidepressivos. Porém, as evidências, até então, ainda são poucas e inconsistentes. Além de faltarem provas, a pílula pode trazer alguns efeitos colaterais indesejados, como dores de cabeça, sensação de calor, tontura, náusea, nariz entupido e distúrbios visuais. Também não existem evidências sobre a segurança da ingestão do remédio, pois esses testes foram feitos somente em homens.
Do CanalTech (Fonte: IFL Science)