O prejuízo dos donos do açougue foi de cerca de R$ 350,00
Um açougue de Londrina, no norte do Paraná, foi alvo de um golpista. Um suposto cliente, que se apresentou como empresário, ligou no estabelecimento encomendando diversos tipos de carnes de corte nobre e um carvão, mandou o comprovante da transferência por PIX e disse que seu sobrinho iria passar para buscar a compra, avaliada em R$ 347,09.
“Nós recebemos uma ligação de um cliente aflito, que tava numa chácara, precisava de um volume de carne e se nós poderíamos separar para ele que ele ia mandar o sobrinho dele passar aqui para fazer a retirada, deixamos tudo prontinho para ele e ele fez a transferência do PIX para a gente e mandou o comprovante pelo WhatsApp do açougue […] já chega em seguida o sobrinho dele, ‘ó, eu vim buscar a carne que o meu tio deixou separado, tá pronto aí?’, aí a gente já entregou a carne e o nosso erro foi que nós não conferimos na conta do banco se o débito tinha acontecido. Na boa fé, domingo, 11h30 da manhã, aquele movimento grande no açougue, a gente não vai fazer a conferência no minuto, então a gente entregou e logo em seguida a gente foi verificar a conta e viu que nós caímos no golpe do PIX.”
explica um dos sócios do açougue, Marciel José Paris.
O golpista havia agendado o PIX e dito que logo iria cair na conta do estabelecimento. Era horário de almoço do domingo do dia 7 de novembro e, como o local estava cheio, o dono contou ter entregado as sacolas sem conferir se o dinheiro havia realmente caído na conta. Poucos dias depois, vendo que o comprovante era falso e se tratava, na verdade, de um golpe, os sócios tentaram contato com o suposto empresário para informar do ocorrido.
A troca de mensagens mostram que o golpista alega ter saído o dinheiro da sua conta e, caso não caísse na do açougue, iria mandar um funcionário pagar, o que não aconteceu.
“No momento que eles ligaram aqui, tipo, um grupo de pessoas, que eles estavam escolhendo carne de churrasco, e ainda contestando ‘não, esse produto tá muito caro, vamos para outro mais barato, que a gente não pode gastar muito’. Tudo é muito orquestrado, até a voz que estava no telefone era a voz de um senhor para dar mais credibilidade ainda.”
destaca Marciel.
Os donos do estabelecimento registraram o golpe na Polícia Civil (PC) mas, quando foram puxar o número da conta do suposto PIX e o nome do golpista, que se apresentou como Alberto, nada foi achado.
“Fica aí um aviso para os meus amigos comerciantes que prestem atenção, não caiam no Golpe do PIX como nós caímos, que a conta foi alta, então deixa a conta do banco aberta e só faz a entrega do produto quando validar o dinheiro lá na conta.”
complementa o sócio.