Dispositivo que capta sinais vistais envia relatórios para app que pode ser acompanhado pela família
Foi da necessidade de cuidar das duas avós que a empreendedora Luísa Franco Bernardes pensou em criar uma solução para checar o estado de saúde delas a distância. Nasceu a CuideMe, que proporciona o cuidado remoto aliando dispositivo físico e aplicativo. O produto foi lançado neste mês e capta os primeiros clientes.
Em 2019, durante o Startup Weekend Woman, evento realizado pelo Sebrae/PR, Luísa apresentou a ideia e fisgou a atenção de outra participante, Camila Tejada Gonçalves. Formaram uma equipe e deram o pontapé inicial ao projeto de um relógio de emergência pessoal para monitorar a saúde dos pais, avós ou outros entes que precisam de acompanhamento, mas moram sozinhos.
“Somos uma startup de monitoramento focada na população da terceira idade. Buscamos um dispositivo que captasse dados vitais no pulso e criamos um app que se comunica com ele, gerando relatórios ao logo do dia. Qualquer mudança brusca nos sinais, a família recebe um alerta”, explica a CEO Camila, que acrescenta que o dispositivo também alerta sobre quedas e geolocalização.
Camila diz que a solução garante ao mesmo tempo o cuidado e a vida de forma independente aos idosos. “Muitos não querem morar na casa dos filhos, mas os filhos continuam responsáveis pelos cuidados. Assim, o app ajuda a manter essa atenção mesmo de forma remota”, comenta.
Antes de ser lançada ao mercado, a ideia pivotou algumas vezes, ou seja, a rota precisou ser retraçada. Para se ter ideia, no começo deste ano, foi preciso recomeçar o app do zero. “Eu cuido da parte administrativa e a Luísa, da área do marketing. Precisamos buscar novas parcerias para o desenvolvimento do software e fizemos em quatro meses tudo que havíamos feito em um ano e meio”, conta a CEO.
O novo aplicativo foi desenvolvido com apoio do Sebraetec, programa do Sebrae/PR que promove a inovação nos pequenos negócios. A startup também conta com apoio de uma aceleradora de Curitiba, a Condor Connect, desde janeiro de 2020.
“Por meio do hub de saúde e tecnologia de Maringá, que tem participação do Sebrae, também temos conseguido acessar treinamentos, serviços, assessorias. Agora é conquistar clientes, validar efetivamente o produto e ganhar mercado”, acrescenta Camila.
A consultora do Sebrae/PR, Letícia Albuquerque, diz que está em alta o segmento de healthtechs, que são startups e empresas que unem tecnologia, dados e conhecimentos médicos para melhorar a vida das pessoas.
“Desde que a Camila chegou até nós, acompanhamos toda a evolução do produto, que apresenta grande potencial”, diz a consultora. “Tenho acompanhado de perto o negócio delas e temos apoiado para que essa solução ganhe mercado, com o compromisso de gerar condições necessárias e ofertas de produtos e serviços subsidiados e contato próximo com especialistas”, finaliza.
Sebrae/PR
