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Moscas volantes: o que são aquelas “minhoquinhas” que flutuam na nossa visão? vídeo

Alguma vez você já teve a impressão que alguns mosquitinhos, pequenos vermes ou estranhas cobrinhas atrapalham a sua visão e, mesmo após fechar e abrir os olhos novamente, esses pontos escurecidos continuavam a flutuar na sua frente?

Saiba que este é um fenômeno bastante comum e recebe o nome de moscas volantes. A boa notícia é que não costumam indicar nenhum problema na saúde da visão de quem as enxerga.

Para entender como as moscas volantes afetam a visão humana, o Canaltech conversou com o médico Alfredo Pigatin, oftalmologista do Hospital de Olhos, em São Paulo. Adiantamos também que não há um tratamento específico para eliminar estes pontinhos escuros.

Por outro lado, o especialista destaca: “Normalmente, desaparecem espontaneamente. Assim como aparecem, dentro de alguns dias ou meses, a tendência é que sumam. Caso a percepção não suma, é necessário aprender a conviver com ela”. Afinal, a condição não altera a visão e é benigna. Além disso, a pessoa pode se acostumar com os tais mosquitinhos.

O que causa as moscas volantes?

“Moscas volantes é o nome popular que se dá a percepção que a pessoa tem de pequenos pontos escuros na frente da visão, que nada mais são do que escotomas”, explica Pigatin. “A causa mais comum é a movimentação ou a condensação do vítreo”, completa.

Aqui, vale explicar que vítreo é um material gelatinoso, formado basicamente por colágeno e água. Sua função é preencher a parte interna do olho, e é anterior à retina e ao nervo ótico.

“O vítreo, por ser colagenoso, treme e balança. A impressão é que o pontinho está andando na frente da pessoa. Só que nada mais do que uma sombra causada por uma proteína, uma condensação, um filamento que está no vítreo”, detalha o médico. Em outras palavras, é alguma pequena falha no vítreo que causa essa sensação.

“Na passagem da luz pelo olho, quando essas condensações estão no caminho do trajeto luminoso, a onda de luz não consegue chegar, por completo, na retina. Isso cria uma sombra, um ponto escuro”, complementa Pigatin sobre a origem das moscas volantes.

No entanto, outros fatores podem causá-la, além da movimentação do vítreo. “O paciente pode ter essa percepção se ele estiver com algum problema de retina, como algum sangramento causado pelo diabetes, um trauma, uma infecção ou uma inflamação”, explica. Nesses casos, a retina também terá a percepção de que há uma mancha.

Quando se preocupar com as cobrinhas escuras?

Quando paciente identifica a situação, é preciso verificar se as minhoquinhas pretas são, realmente, moscas volantes. Para isso, é possível fazer um exame de fundo de olho e o mapeamento da retina, afirma o oftalmologista.

“Uma vez que você fez o exame e foi observado que [a percepção] é apenas parte da condensação vítrea, o quadro passa apenas a ser acompanhado. Não tem tratamento, a gente não usa medicação. É algo benigno”, explica. Isso porque a percepção das manchinhas pretas não acarreta em baixa da visão, alteração de grau ou desenvolvimento de catarata, por exemplo.

A atenção maior deve se concentrar no tamanho das manchas. Para o médico, a mosca volante recebe este nome, porque é uma mancha de pequena monta — ou seja, tamanho reduzido. “Quando é uma mancha grande, é mais perigoso”, destaca o especialista.

Outra preocupação é quando o mosquitinho começa a aumentar de tamanho. “Se a mancha parar de se movimentar e se fixar em um mesmo lugar, causando perda de campo de visão, aí, é necessário refazer os exames”, completa.

Nessas situações, a pessoa deve sempre buscar a orientação médica adequada de um oftalmologista, preferencialmente ao identificar os primeiros sinais de alterações na visão.

Se ficou curioso para entender como se parecem as moscas volantes — e é sortudo porque nunca viveu essa “experiência” —, confira o vídeo, a seguir, que simula tal sensação:

CanalTech

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