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Dois cachorrinhos gêmeos que nasceram sem um olho são adotados e escapam do pior

Eles nasceram sem um olho e seriam sacrificados, mas uma jovem belga decidiu adotá-los

Roxy e Toulouse são dois cães da raça west highland white terrier, atualmente com dois anos. Durante a gestação, a mãe dos cachorrinhos gêmeos contraiu uma infecção bacteriana; a doença determinou uma má-formação e eles nasceram sem o olho esquerdo. Por pouco, os dois peludos escaparam da eutanásia, mas felizmente foram adotados. 

Os dois filhotes foram considerados imperfeitos pelos criadores – sem valor comercial, como se uma vida pudesse ser avaliada pelo valor de troca que ela tem. Mas Roxy e Toulouse tiveram a sorte de encontrar Fanny Sannier, à época com 19 anos. A jovem, que vive na Bélgica, decidiu adotar a dupla caolha. 

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Foto: Mercury Press

A família 

Fanny Sannier é uma jovem estudante da Universidade de Namur, que vive em Chimay, uma cidade belga pequena, mas famosa pelos queijos e cervejas produzidos há mais de 150 anos na Abadia de Scourmont. 

No final de 2019, Fanny já vivia com o border collie Nouga e o gato SRD Caramel. Quando conheceu os cachorrinhos gêmeos, a jovem se apaixonou pela dupla e decidiu incorporá-los à família. A estudante disse ao tabloide inglês Metro que “foi um presente de Natal antecipado”. 

A decisão da jovem belga foi tomada bem a tempo de impedir que os dois westies fossem sacrificados. Devido à falta do olho esquerdo, os cachorrinhos não encontrariam compradores – e o canil já tinha se decidido pela eutanásia. 

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Foto: Mercury Press

Diversas bactérias podem ser responsáveis pela má-formação do globo ocular em cães, como os estafilococos, estreptococos e até mesmo a muito comum Escherichia coli. No caso de Roxy e Toulouse, no entanto, não se sabe exatamente qual foi o agente causador da má-formação. 

A jovem lembra que teve de desembolsar cerca de R$ 3.200 para suturar as pálpebras dos dois cachorros, mas, com exceção da cegueira parcial, eles não apresentam nenhum problema de saúde. A cirurgia foi realizada quando Roxy e Toulouse tinham dois meses de vida. 

Não houve nenhuma complicação e hoje os dois westies brincam com os irmãos, correm na chuva, destroem brinquedos e dão muito carinho para toda a família. A tutora resume a condição dos cachorrinhos: “o único problema deles é que são muito mimados”. 

Fanny afirmou que a adoção foi uma decisão natural, assim que soube que os animais seriam sacrificados. Roxy e Toulouse são cachorrinhos adoráveis e não havia nenhum motivo para que eles fossem mortos, além da imperfeição física que não os prejudica de nenhuma maneira. 

A cirurgia para neutralizar o nervo ocular e suturar as pálpebras foi relativamente cara, mas Fanny não se incomodou em gastar um pouco. É muito triste imaginar que, se um filhote não pode dar lucro, ele se torna uma peça descartável. 

Os dois cachorros estão aproveitando a vida e oferecendo muito amor e carinho para Fanny e seu namorado Luciano Carta Rosa Chauvaux. Eles brincam o dia inteiro e até aprenderam a nadar no pequeno lago do jardim. Quando faz calor, eles mergulham sem medo e, depois, ensopam a família inteira. 

O west highland 

Como o nome da raça diz, o westie é nativo das terras altas ocidentais, uma região da Escócia. Com a pelagem totalmente branca, estes cães foram desenvolvidos a partir de cruzamentos seletivos entre cães de caça das Ilhas Britânicas, especialmente o cairn terrier. 

Diz a lenda que um militar escocês, amante dos cães da raça cairn terrier, acidentalmente atirou em um dos seus animais, de cor champanhe. Edward de Poltalloch estava caçando lebres e a cor dos pelos o confundiu. 

Desde então, o militar passou a usar apenas cães de pelagem mais clara nos cruzamentos realizados em sua propriedade, em Argyllshire. Assim surgiram os westies – curiosamente, o tutor queria evitar que eles sofressem quaisquer danos nas caçadas, ao contrário dos criadores de Roxy e Toulouse, que não se incomodaram em abater dois animais “imperfeitos”. 

O westie é descrito como um cão tranquilo e independente, podendo ficar sozinho sem grandes problemas. Mas ele é muito brincalhão e exige atenção dos tutores, quando estes estão por perto – especialmente se eles passaram o dia inteiro fora de casa. 

Os cães da raça são pequenos, atingindo no máximo 9 kg e 28 cm de altura na cernelha. A pelagem dupla e brilhante é o grande destaque do west highland white terrier, que requer alguns cuidados extras para se manter bonita e saudável. 

A raça ainda não é muito popular no Brasil, mas ficou bastante famosa quando Mick se tornou a garota-propaganda do Portal IG. 

Do Cães Online

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