Sarah Gilbert acredita que o novo coronavírus fica mais fraco à medida que a população adquire defesas contra a doença
A cientista Sarah Gilbert, professora da Universidade de Oxford e líder da equipe que criou a vacina contra o novo coronavírus, acredita que a Covid-19 se tornará um resfriado comum no futuro.
Durante um seminário da Royal Society of Medicine, realizado na quarta-feira (22/9), a pesquisadora afirmou ser improvável que o novo coronavírus sofra mutações que o deixem mais mortal. De acordo com ela, a tendência é que, assim como os outros vírus, ele se torne menos virulento com o tempo.
“Em breve, não haverá muitos lugares para o vírus ir, escapando da imunidade adquirida e, ainda assim, continuar altamente infeccioso”, afirma Gilbert.
A cientista liderou a equipe do Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, durante a criação da vacina Oxford/AstraZeneca, distribuída no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Ela acredita que o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, terá um destino semelhante aos demais coronavírus, que circulam amplamente entre a população mas não provocam doenças graves.
“Já vivemos com quatro coronavírus humanos diferentes sobre os quais realmente nunca pensamos muito e, eventualmente, o Sars-CoV-2 se tornará um deles.”