Inspirando outras mulheres a se aceitarem como são, influencers adeptas do ‘Body Positive’ ganham destaque nas redes
O Instagram continua a veicular anúncios de dieta, muitas influenciadoras utilizam a ferramenta para divulgar procedimentos estéticos com a simplicidade de uma ida ao dentista e filtros de beleza modificam as características naturais das pessoas (afinando narizes e rostos). Mesmo com tudo isso, a rede social também tem ótimos exemplos a serem seguidos.
Cada vez mais, o movimento Body Positive tem ganhado força incentivando as pessoas a terem um olhar mais positivo sobre seu próprio corpo e as ensinando a naturalizar suas características físicas para que, enfim, se amem exatamente do jeito que são.
Embora pareça um conceito simples e com uma premissa bastante óbvia, para aderir ao movimento é preciso deixar de lado toda influência midiática – de revistas à novelas, de blogueiras fitness a propagandas – que há décadas vem moldando os ideais estéticos para aquilo que ainda é considerado o padrão de beleza.
E é aí que entram em cena pessoas que vem desempenhando um papel fundamental ao celebrar o amor próprio para todos os tipos de corpo. Esses influenciadores dão o exemplo e ajudam as pessoas a terem mais confiança em sua própria pele e estão liderando uma verdadeira quebra de estereótipos para ampliar o entendimento da sociedade sobre a beleza.
Conheça algumas dessas pessoas:
Alexandra Gurgel
A jornalista carioca Alexandra Gurgel, do Alexandrismos, demorou um bom tempo para conseguir exibir, orgulhosa, seu corpo gordo em um biquíni. Na verdade, desde a infância, enfrentou problemas com o peso e dificuldade de autoaceitação que a levaram a começar tomar remédios para emagrecer aos nove anos de idade. Quando finalmente compreendeu que a beleza de seu corpo não tinha nada a ver com seu tamanho, se tornou ativista antigordofobia e vem inspirando cada vez mais mulheres a questionarem os padrões de beleza.
Dora Figueiredo
Dora ficou bastante conhecida pelo canal onde aborda temas como sexo e relacionamentos e sempre lutou para se encaixar em um padrão de magreza. Tanto que sofreu de anorexia e bulimia por muitos anos. Após passar por um relacionamento abusivo no qual uma das formas de controle do parceiro era justamente ressaltar seu ganho de peso, Dora finalmente passou a trilhar uma jornada de aceitação e hoje em dia encoraja muitas meninas e mulheres na busca pela autoestima.
Bielo Pereira
A apresentadora e podcaster Bielo Pereira é trans, preta, gorda, periférica, intergênere e absolutamente maravilhosa. Abordando diversas pautas identitárias entre os temas sobre os quais debate, a gordofobia é sua causa mãe. De acordo com ela, o corpo gordo é o que está menos naturalizado para as pessoas e o preconceito aparece a todo instante com pitacos sobre a aparência dos outros e sempre com a desculpa de que se está preocupado com a sua saúde.
Jessamyn Stanley
Jessamyn Stanley provavelmente não é a pessoa que você imagina quando pensa em uma celebridade de ioga no Instagram. Como uma “femme gorda” como se autodescreve, ela está longe de ser o tipo de corpo estereotipado. E esse é exatamente o ponto. Aos 33 anos, ela quer mudar a percepção das pessoas sobre a yoga e democratizar o bem-estar.
Bia Gremion
Bia Greminion é uma modelo plus size que ama maquiagem e moda. Assim como a maior parte das mulheres, antes de conquistar autoconfiança sofria com os olhares sob seu corpo, mas a partir do Ensino Médio, quando entrou em contato com o feminismo, passou a entender que o problema não estava nela, mas na sociedade e desde então usa suas redes para falar sobre autoaceitação e amor-próprio.