Em uma das oportunidades, o homem teria ficado cerca de 8 horas em cárcere privado e sem poder usar o celular, além de sofrer ameaças
Uma agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi presa preventivamente na noite desta sexta-feira (6). Ela é suspeita de praticar stalking contra um ex-namorado. Segundo as investigações, a mulher teria ameaçado e ligado para ele 98 vezes no mesmo dia.
Acusada de injúria, ameaça, perseguição, furto e dano qualificado, a suspeita teve o sigilo telefônico quebrado. A Justiça autorizou, também, a apreensão de equipamentos eletrônicos, celulares, da arma e dos objetos no guarda-volumes do hotel onde a mulher mora, segundo o Metrópoles.
O caso
De acordo com a vítima, a confusão teria acontecido em 2018. Nesse ano, eles se conheceram em um aplicativo de relacionamentos e, após ele tentar o fim do relacionamento, a agente começou a se comportar de forma agressiva.
Em uma das situações, o homem teria ficado cerca de oito horas em cárcere privado e sem poder usar o celular, além de sofrer ameaças. Para conseguir chegar até o apartamento dele, a policial teria usado sua posição para convencer o porteiro a liberar a entrada.
Conforme a reportagem, a situação só teria sido contornada quando a vítima concordou em sair com a agente para almoçar no dia seguinte.
Na mesma semana, após outra tentativa de término, a suspeita passou a ligar para o ex-companheiro insistentemente. Ao menos 30 chamadas do número de celular da policial e mais de 60 de números privados foram registradas. Ela também ligou para o local de trabalho dele duas vezes e conseguiu falar com seu chefe ao dizer que era agente da Polícia Civil. O superior chegou a dar informações na primeira ocasião, mas passou a ignorar os contatos depois de ser alertado da situação.
“As coisas vão ficar muito ruins para você, se você não retirar essa m****”, afirmou a mulher sobre o registro de ocorrência policial.
“Você vai me dar o dinheiro e você vai retirar, você vai na delegacia hoje para falar que isso é mentira, senão você está ferrado, você, a sua família, o seu trabalho. Se prepara, você não sabe com quem você está mexendo”, teria dito ela ao cobrar indevidamente uma quantia em dinheiro.
Segundo o Metrópoles, a agente disse que foi até a casa da vítima para buscar um computador e que mostrou identidade funcional ao porteiro porque era o único que portava naquele momento. Sobre as dezenas de ligações, ela disse que tinham como finalidade fazer com que fosse pago o valor de um almoço e um jantar.
Com RIC Mais