Paciente é intubado com Covid-19 e acorda com cabeça rachada; imagens são fortes
Porteiro de 44 anos ficou 26 dias intubado em três hospitais diferentes por conta de complicações da Covid-19, mas não sabe como se feriu
Um porteiro de 44 anos foi intubado no Distrito Federal após testar positivo para a Covid-19 e, depois de 26 dias lutando contra a doença, acordou com um corte profundo na cabeça. Segundo informações do Metrópoles, o paciente foi internado em três unidades diferentes, duas delas públicas, e não sabe como se feriu de forma tão grave.
O paciente, que preferiu não se identificar, foi internado, a partir de 3 de julho, nos hospitais Hran, da Asa Norte, HRPa, do Paranoá, e no particular Daher, no Lago Sul. “Fiquei no Hran durante três dias, onde cheguei sem nenhum corte na cabeça. Em 5 de julho, tive de ser intubado pois estava com falta de ar e com o pulmão muito comprometido”, contou ele ao portal.
Segundo contou o porteiro, ele recebeu uma sedação forte e foi transferido, mesmo intubado, de ambulância, em 5 de julho, para o hospital Daher, no Lago Sul.
“Minha esposa comentou que ao chegar no Daher eu já apresentava esse corte na cabeça. Mesmo assim, fiquei seis dias na UTI. No dia 10 de julho, fui extubado e, quando acordei, o médico me perguntou sobre o corte na cabeça. Eu não soube explicar porque cheguei no Hran sem corte e não relatam sobre o corte na cabeça para minha esposa”, afirmou.
No Daher, ele permaneceu por mais 10 dias enquanto esperava uma vaga na emergência de algum hospital público. No dia 22 de julho, foi transferido para o Hospital do Paranoá, onde ficou até a alta, no dia 26.
Além das sequelas da Covid-19, o homem tem também que lidar com o corte, que não cicatriza e que ninguém diz o que o provocou. “Espero que a polícia consiga chegar a essa resposta”, acrescenta.
“Tive que passar a trabalhar de touca, pois, a todo instante, alguém passava pela portaria e perguntava o que havia ocorrido com a minha cabeça. Isso me deixa extremamente constrangido. A impressão é que tentaram fazer uma lobotomia [intervenção cirúrgica no cérebro utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia] malsucedida”, disse.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que o corte não teria sido provocado nas dependências de hospitais da rede pública.
“A direção do Hospital Regional da Asa Norte afirma que desde a entrada do paciente até a sua saída não foi constatado nenhum corte na cabeça, conforme está sendo afirmado. A direção assegura que esse corte não ocorreu nas dependências da unidade”, disse a pasta em nota.
Com IG e Metrópoles