As imagens de segurança foram liberadas pela própria defesa, que alega que o Policial Rodoviário Estadual, agiu em legítima defesa
Câmeras de segurança registraram o momento em que um policial rodoviário estadual atira contra um bombeiro aposentado na cidade de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado. José Carlos Silva do Prado, de 48 anos morreu.
As imagens de segurança foram liberadas pela própria advogada, que alega que o Policial Rodoviário Estadual, agiu em legítima defesa. A câmera mostra parte da discussão e o momento do crime (Assista o vídeo abaixo).
“Foi uma situação extremamente lamentável, se o policial não tivesse atirado, ele teria morrido”
Kelly Cristina Borghesan – advogada do PRE
Por outro lado, o advogado que representa os familiares da vítima informa que houve excessos por parte do PRE.
“A defesa do autor do fato tenta inverter a realidade dos fatos, apontando a vítima como agressor, desconsiderando que filmagens do fato mostram claramente que não houve qualquer ato de agressão pelo Prado e que há claro excesso do autor do fato.”
Igor José Ogar – advogado
O caso tomou repercussão, por se tratar de dois militares. O Policial Rodoviário trabalha no serviço militar há 10 anos e há aproximadamente um ano está no posto de Francisco Beltrão.
Prado, era bombeiro aposentado, morador de Renascença, cidade que fica há 15 km de onde o crime aconteceu. Ele está na reserva desde o fim de 2020.
Discussão
Segundo repassado pela advogada do PRE, Kelly Cristina Borghesan, o fato aconteceu após uma discussão que se iniciou dentro de um estabelecimento comercial e se estendeu para o lado de fora.
“O Policial teve problemas com sua motocicleta, e aguardava a chegada de sua esposa, quando ao perceber a discussão, tentou intervir. Todos saíram do estabelecimento, mas do lado de fora o bombeiro insistiu em continuar a discussão e partiu para cima do policial.”
Kelly Cristina Borghesan – advogada PRE
“As imagens mostram que Prado estava em local público e empunhava armas de fogo de maneira defensiva e preventiva, apontada em direção ao solo, sem representar risco para quaisquer das pessoas presentes. Não houve injusta agressão da Vítima. Sem qualquer ato de agressão praticado pela Vítima, o Autor do Fato efetuou vários disparos contra a Vítima, inclusive quando esta já havia sido alvejada e estava imóvel caída ao solo, sem representar qualquer risco. É visível o excesso praticado pelo Autor do Fato”
Igor José Ogar – advogado
As informações são que após o crime, o policial rodoviário estadual pegou a arma do bombeiro, que ficou caída no chão, correu cerca de 15 metros do local onde chamou socorro. Ele foi levado para unidade policial e ficou detido até a noite de sábado, quando por meio de alvará expedido pelo juiz, recebeu o direito de responder o processo em liberdade.
A justiça irá analisar a defesa de ambas as partes.
O que diz o comando
Segundo o capitão do 6º CIA da Polícia Rodoviária Estadual de Francisco Beltrão, José Batista do Santos, o policial envolvido faz parte da companhia e já voltou às suas atividades.
“O policial foi detido em flagrante no dia do crime, mas foi liberado e voltou às suas atividades normais. Cabe agora à justiça analisar a situação para verificar as circunstâncias que a situação aconteceu”.
Capitão do 6º CIA da Polícia Rodoviária Estadual de Francisco Beltrão, José Batista do Santos
Ainda segundo o capitão, após o fato a família do bombeiro que faleceu recebeu todo o apoio psicológico e assistencial, assim como o policial rodoviário estadual.
“Um capelão atendeu os envolvidos e familiares. Assistência psicológica e social fora, providenciada.”
capitão do 6º CIA da Polícia Rodoviária Estadual de Francisco Beltrão, José Batista do Santos
O comando acompanha o processo.
Do RIC Mais