Circula pelo WhatsApp e também pelas redes sociais uma série de vídeos que mostram pessoas moedas sendo atraídas bem no local onde foram vacinadas contra a covid-19. Há relatos de que se trata de um efeito colateral da AstraZeneca, outros falam da Pfizer. Mas afinal, a vacina da covid-19 teria componente metálicos que poderiam atrair moedas, grampos de cabelo e outros tipos de metal?
A médica infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens, logo esclarece, a informação se trata de fake news. É importante ressaltar que algumas vacinas podem conter uma pequena quantidade de metal, como o hidróxido de alumínio. “A quantidade é muito pequena. Um remédio para o estômago tem mil vezes mais que uma dose da vacina e a gente sabe que ao se aproximar, ou usar o medicamento, nenhum metal vai grudar em você”, explica especialista.
Seria fácil identificar caso as doses da vacina contra a covid-19 tivessem algum tipo de componente magnético. As ampolas ficariam grudadas umas nas outras.
Por que as moedas grudam na pele?
A resposta da infectologista é simples. “A pele úmida, ou mesmo o resquício de cola do curativo da vacina podem ser capazes de grudar a moeda no braço. Com o calor, a pele fica pegajosa e não só moedas, mas qualquer outro tipo de objeto pode grudar”.
Em caso de dúvida, um bom banho pode esclarecer e mostrar que o corpo não fica magnético com a vacinação contra a covid. Com a pele limpa, fica mais difícil grudar objetos.
Outra teoria da conspiração que anda circulando pela internet é a do implante de chip que vem com a vacinação. O menor chip já produzido tem tamanho de um grão de arroz e portanto, não seria capaz de passar por uma agulha. “As pessoas têm encontrado desculpas para não se vacinarem, acreditando em informações de fontes não confiáveis. É importante cuidar com o que se escuta e desconfiar sempre”, reforça a médica.
Seja AstraZeneca, Coronavac, Pfizer ou Janssen, a melhor vacina, garante a médica, é a que está disponível. “A gente sabe que vacinas têm efeito colateral. É um efeito normal adverso do imunizante e que tem um risco muito menor se comparado a infecção da doença, que pode levar a morte. Vacina salvou muitas vidas nesse mundo e ainda salva. Vacina contra a covid-19 tem sido a melhor maneira de combater a doença”, finaliza.
Da Tribuna do Paraná