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Frota de Campo Mourão é a que mais cresce entre os maiores municípios do Noroeste

Número de veículos em Paranavaí e Umuarama no último ano também aumentou. Maringá e Cianorte tiveram crescimento tímido. Dados levantados pelo Crea-PR reforçam a importância do Maio Amarelo, mês de conscientização no trânsito

Enquanto as ocorrências de trânsito reduziram no Estado durante a pandemia, a frota de veículos em alguns municípios cresceram, o que reforça a importância da campanha Maio Amarelo – mês de conscientização no trânsito. O movimento iniciado em 2014 conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), que fiscaliza a atividade profissional dos Engenheiros Civis especialistas em Trânsito e Segurança, bem como dos Engenheiros Ambientais, que reforçam a importância dos transportes alternativos para reduzir a poluição ambiental nas cidades. Temos ainda registrados no Conselho os Engenheiros Mecânicos, Têxteis, Químicos, Eletricistas e Metalúrgicos, que compõem o universo da indústria automobilística.

O movimento Maio Amarelo sensibiliza pedestres, motoristas, ciclistas, motociclistas, caminhoneiros e todos os demais personagens que fazem parte do trânsito. Mas muito além dos motoristas, outros fatores importantes também dever ser levados em conta nessa equação, como os veículos. O Crea-PR levantou que entre os cinco municípios da região Noroeste, a cidade de Campo Mourão teve o maior crescimento da frota durante a pandemia, de 2,8%. Enquanto em Paranavaí a frota cresceu 2,3%, e em Umuarama, 2,1%. Os crescimentos mais tímidos no período ocorreram nas cidades de Cianorte (1,7%) e Maringá (0,4%). Veja na tabela:

Para a Engenheira Civil Bárbara Andrea Marchesini, especialista em Trânsito e Transportes, com o aumento anual de veículos nas ruas, principalmente nas maiores cidades, o trânsito em breve atingirá sua capacidade máxima. 

“Mesmo com um crescimento mais tímido da frota em relação aos anos anteriores, o aumento de veículos nas vias urbanas vem ocorrendo e o monitoramento das condições viárias e ações de Engenharia devem ser realizadas, a fim de se garantir a fluidez e a segurança na circulação. Implantação de semáforos, restrição de estacionamento e incentivo a outros meios de transporte como implantação de ciclovias e corredores de transporte público são algumas medidas a serem consideradas quando se busca a melhoria da mobilidade nas cidades”, ressalta a Engenheira.

Reflexo da pandemia na queda de acidentes
Segundo dados da Polícia Militar do Paraná, somente no primeiro semestre de 2020 13.176 pessoas ficaram feridas e outras 454 morreram em decorrência de acidentes de trânsito. O balanço indicou, ainda, que nas vias urbanas ocorreram 30.878 acidentes, com 10.501 feridos e 158 mortes, de janeiro a junho do ano passado.

No geral, comparando esses números com os registrados em 2019, houve queda no número de acidentes, com redução de 23,8% nas rodovias e 26,4% nas vias urbanas. Mesmo assim, segundo o conselheiro do Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná), Engenheiro Civil Charlles Urbano Hostins Junior, ainda é preciso “colocar o pé no freio” e repensar a situação do trânsito no Estado.

“No ano passado, diante da pandemia e das recomendações para que as pessoas ficassem mais em casa, a redução de acidentes já era esperada. Mas a partir do momento em que houve a retomada de boa parte dos setores, já houve aumento exponencial no número de ocorrências. Acredito que, além dos fatores já comuns como pressa e descuido, agora temos motoristas que querem compensar o tempo perdido, como se isso fosse possível. Nas estradas, isso é ainda mais notório, pois com o dólar em alta, há grande demanda de exportação, o que aumenta o fluxo nas vias”, destaca Charlles.

Para atingirmos uma melhor conscientização no trânsito, o 1º diretor administrativo do Crea-PR, Engenheiro Civil José Carlos Dias Lopes da Conceição, diz que é preciso considerar todo o conjunto que faz o trânsito funcionar.

“Evoluímos muito no sentido de fazer vias mais seguras e projetar automóveis com mais segurança e tecnologia. Mas no fator humano, não progredimos. A imprudência está cada dia maior, sendo causadora de cerca de 90% dos acidentes de trânsito registrados no mundo”, destaca. Para que esse índice melhore e menos pessoas sejam vítimas do trânsito, o Engenheiro diz que partir do momento em que estamos no trânsito, assumimos riscos diversos e precisamos tomar decisões que diminuam as chances de algo errado acontecer.

Nos últimos quatro anos, segundo dados do próprio movimento, 27 países abraçaram a causa do Maio Amarelo, mobilizando mais de 1,4 mil empresas. Acesse o site www.maioamarelo.com .

Do CREA/PR

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