263 pacientes aguardam vaga em leitos para covid em hospitais da Região
Região Noroeste, da qual faz parte Campo Mourão, tinha 140 UTIs em dezembro, hoje conta com 253, que estão 100% ocupadas
No dia 26 de abril, a taxa de ocupação de leitos de UTI na macrorregião noroeste do Paraná estava em 90%. Naquele momento, a taxa mais baixa em 30 dias.
Agora, exatamente um mês depois, a taxa está alta novamente. E muito alta: 97.7%, praticamente 100%, de acordo com o diretor da 15ª Regional de Saúde de Maringá, Ederlei Alkamim.
E pacientes voltaram a ficar mais de 24h na fila de espera por leito de enfermaria e UTI exclusivos de covid-19.
“Nós estamos numa situação muito difícil nesse momento com a ocupação das referências para covid na macrorregião noroeste, lembrando que essa macrorregião compõe Maringá, Campo Mourão, Umuarama, Paranavaí e Cianorte, em 100%. Nós ampliamos muito esses números de leitos nas referências. Nós tínhamos 140 UTIs em dezembro, hoje nós temos 253 e estão 100% ocupadas”, explica Alkamin.
“E temos, também, um fila para ocupar esses leitos, que estão represados nos nossos pronto atendimentos, UPAs e hospitais menores”, complementa o diretor da 15ª Regional.
Nesta manhã, 144 pacientes aguardavam vaga em leitos clínicos, de enfermaria, e 119 em UTI, na macrorregião noroeste. Um total de 263. Nessa terça-feira, às 11h, eram 235 pacientes ao todo aguardando vaga. Ou seja, 28 pacientes entraram nessa fila de espera em menos de 24h.
“É uma fila dinâmica, ela até desocupa nas grandes referências, mas acaba entrando mais pessoas do que saindo, lembrando que esses pacientes têm um tempo de recuperação que vem se estendendo. Nós tivemos um aumento também desse tempo nos pacientes mais jovens. Então, a desocupação desses leitos leva também ao represamento do pedido de entrada dos pacientes nas referências. Isso não quer dizer que o paciente está totalmente desassistido, mas ele está numa referência menor, […] que não vai poder ficar com esse paciente por 30 dias. Aí há o pedido da remoção desse paciente para uma referência mais estruturada, que está tendo essa demora”, detalha Alkamin.
Do GMC Online