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Indignado, presidente da Acicam participou da audiência pública do pedágio

“Como aceitar que a decisão sobre o novo modelo de concessão de pedágio de rodovias do estado não esteja em nossas mãos, nas mãos dos paranaenses?”. A indignação foi apresentada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam), Ben-Hur Berbet, durante a audiência pública remota que a Assembleia Legislativa do Estado, através da Frente Parlamentar do Pedágio, realizou na manhã desta quinta-feira (22/4).

O líder empresarial mourãoense criticou os atuais valores do pedágio no estado e foi enfático na defesa de que o modelo de pedágio das rodovias no estado seja definido pelos paranaenses e não pelo governo federal. Ben-Hur Berbet entende que deve ser adotado o critério de menor tarifa com a execução de obras já a partir do início da vigência dos novos contratos. O presidente da Acicam criticou ainda a não inclusão do trecho Campo Mourão-Pitanga-Guarapuava no projeto. “A alegação é que o trecho tem pouco movimento, mas a verdade é que muitos deixam de transitar por essa via justamente pela falta da devida conservação. Nunca é demais lembrar que Campo Mourão sedia a Coamo, a maior cooperativa da América Latina, que em 2020 pagou cerca de R$ 100 milhões de pedágio apenas com veículos de carga”, observou.

A atuação da Frente Parlamentar do Pedágio foi elogiada por Ben-Hur Berbet. Além de destacar o trabalho realizado pelos deputados estaduais, salientou que a frente levou a questão para debate junto aos paranaenses, inclusive através de audiências públicas . Também destacou que os deputados ouviram o setor produtivo, que é duramente afetado pelo atual modelo de pedágio.

A audiência pública teve a participação de várias outras autoridades e lideranças locais, regionais e estaduais. Entre elas, o prefeito Tauillo Tezelli, os deputados Douglas Fabrício (estadual) e Rubens Bueno (federal), o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Campo Mourão (Sindimetal), Fernando Mizote; o presidente do Sindicato Rural, Nery José Thomé; o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codecam), Newton Leal; o presidente da Câmara Municipal, Jadir Soares (Pepita) e do chefe do Procon local, Sidnei Jardim.

Atualmente, o Anel de Integração do Paraná (criado em 1997) tem 2.510 quilômetros de estadras pedagiadas: 1.809 quilômetros de vias federais e 701 quilômetros de vias estaduais. Pela proposta em discussão o Paraná passará a contar com 3.327 quilômetros de estradas pedagiadas: 2.164 quilômetros de vias federais e 1.163 de estradas estaduais. Atualmente são 27 praças de pedágio e o novo projeto prevê mais 15 praças de pedágio no estado. O contrato em vigor com as concessionárias vence no final deste ano.

A proposta apresentada pelo governo federal vem sendo rejeitada pelo setor produtivo paranaense, pela população e a quase totalidade das lideranças políticas do Estado. Principalmente por permitir a cobrança de tarifas elevadas (prejudicando a economia e a competitividade do Paraná), pela existência de taxa de outorga, degrau tarifário (que permite reajuste de 40 por cento no valor da tarifa com a duplicação do trecho).

Uma grande mobilização acontece no Estado para que não seja adotado o modelo proposto pelo governo federal. O pedido é que sejam utilizados os critérios adotados, por exemplo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, onde as tarifas de pedágio são bem mais baratas e as concessionárias têm realizado muitas melhorias nas rodovias.

Da Assessoria

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