São impressionantes as imagens e a recuperação do fisiculturista e empresário Kaíque Barbanti, de 28 anos. O vídeo abaixo mostra o jovem forte de Curitiba, antes, durante e depois da Covid-19. (assista abaixo)
Ele emagreceu 27 kg em 60 dias. Foi mantido vivo artificialmente por 23 dias, em coma induzido e diz que só está aqui hoje por Deus. “Não tenho dúvidas que foi um milagre. Nem meus médicos sabem dizer como me recuperei”, afirmou Kaíque em entrevista ao Só Notícia Boa.
“Minha médica, Dra Amanda Cardoso, que se tornou minha amiga, me disse: ‘como cientista, eu não tenho explicações pra sua recuperação’. Fiquei conhecido como o milagre do hospital. Recebia visitas da equipe o dia inteiro, porque ninguém acreditava que eu havia sobrevivido”, contou.
Em julho de 2020, uma semana antes de contrair a doença, Kaíque esbanjava saúde, tinha um corpo de atleta, 80 Kg, músculos exuberantes e barriga travada. “Sempre fui atleta, desde pequeno envolvido com todo tipo de esporte, e fisiculturista profissional desde os 21 anos”, disse.
Medo e angústia
Mas no dia 20 de julho de 2020, toda aquela força física não suportou a agressividade do vírus invisível da covid-19. Ele teve que ser internado às pressas com complicações respiratórias.
Foi para o Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba e o quadro evoluiu para gravíssimo.
“Fui intubado 2 vezes, na segunda a intubação já não adiantava. Tive que ir para uma máquina pouco conhecida aqui no Brasil chamada ECMO, que é um pulmão e um coração artificiais. Ela me manteve vivo artificialmente por 23 dias”, contou Kaíque.
A máquina, segundo Kaíque, “é usada normalmente como última alternativa, ou às vezes, para esperar um novo coração de alguém que precisa ser transplantado, enquanto ela mantém a pessoa viva. […] Durante 23 dias fui mantido vivo pela ECMO”, agradeceu.
O fisiculturista foi mantido em coma induzido durante este período.
A alta
Dois meses depois, ele teve alta, em 21 de setembro de 2020. Foi um alívio para a família.
Mas Kaíque não parecia o mesmo homem quando chegou em casa. Acostumado a levantar peso, ele mal conseguia subir um degrau, de tão fraco. Entrou na residência amparado por familiares.
Kaíque emagreceu muito e também não conseguia comer, nem falar direito.
A virada
Com muita paciência e dedicação, aos poucos, ele foi reaprendendo a andar, mastigar, engolir e a falar.
O empresário fazia quase todo dia fonoaudiologia e fisioterapias pulmonar e motora.
A dança foi um dos exercícios indicados pela fisioterapeuta para fortalecer e alegrar o rapaz.
Deu certo. Hoje, 6 meses depois, Kaíque continua fazendo fisioterapia, mas já voltou a malhar e recuperou 19kg dos 27kg perdidos.
Ele fez um pedido, em depoimento gravado para o Só Notícia Boa: para que as pessoas se conscientizem, não e aglomerem, não menosprezem, nem subestimem essa doença terrível, que já matou mais de 277 mil brasileiros.
E deixou uma mensagem de esperança para quem está passando pelo que ele passou.
Assista:
Do Só Notícia Boa