“Nunca vi um surto dentro do comércio”, questiona presidente da Associação Comercial do Paraná
Turmina disse que o sentimento por parte dos comerciantes foi de tristeza com o novo decreto estadual
O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, afirmou à Banda B, na manhã desta segunda-feira (1), que a decisão de fechar os comércios não fará diferença para diminuir os casos de covid-19. Turmina alega que nunca houve sequer um caso de surto dentro dos comércios, já que medidas de higiene são tomadas pelos empresários. O Governo do Paraná determinou, na última sexta-feira (26), o fechamento das atividades não essenciais devido à falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com o coronavírus.
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Turmina disse que o sentimento por parte dos comerciantes foi de tristeza. “Vemos esse fechamento do comércio com muita tristeza, porque sabemos que o vírus próspera em ambientes de grande aglomeração, não no comércio, Quando generalizam tudo, penso ser uma barbaridade isso. Fecham uma semana, depois outra, e lamentavelmente o comerciante fica com o prejuízo”, disse o empresário.
O presidente da ACP ainda alegou que não houve, com um ano de pandemia, casos de surto de covid-19 nos comércios. “Eu nunca vi no caso um surto sequer no comércio. O melhor distanciamento é no trabalho, porque ali tem disciplina. O problema é que vão pra balada, fazem festas, se aglomeram e aí aumentam os casos. As eleições, o Carnaval, por que não fiscalizaram melhor?”, questionou.
Para ele, o impacto no comércio fica a cada fechamento maior. “Muitas empresas quebraram, outras estão endividas e não sabem para onde ir. Quem não consegue vender virtualmente está fadado a quebrar. Quanto mais emendarmos a pandemia, pior fica. O grande vilão é a gestão da pandemia, porque não se foca no que realmente traz os surtos”, finalizou.
Sem UTIs
O decreto estadual que suspendeu as aulas por uma semana e determinou o fechamento de serviços não essenciais se dá pela falta de leitos de UTI para a covid-19 no Paraná. Só neste domingo eram 156 pacientes na espera por uma vaga. O governo justificativa que neste momento o lockdown se faz necessário para que não se tenha um colapso ainda maior do sistema de saúde e, assim, vidas possam ser salvas.
Da Banda B