Bem acima da média, mas provavelmente abaixo dos picos do ano que passou
A renda dos produtores de soja brasileiros deve avançar pela 15ª safra consecutiva neste ano, projeta a Consultoria DATAGRO. O bom resultado virá, de acordo com os analistas, apesar dos maiores custos de produção, em função da expectativa positiva para a produtividade combinada com preços outra vez elevados.
A DATAGRO mantém a projeção da safra 2020/21 de soja do Brasil em 135,6 milhões de toneladas, 6,6% acima dos 127,2 mi de t do ano passado. “Para 2021, por enquanto, as previsões apontam para preços médios próximos a 2020, bem acima da média, mas provavelmente abaixo dos picos do ano que passou”, projeta o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior.
De acordo com a DATAGRO, a lucratividade bruta mede a relação entre a receita média obtida e o custo de produção: “Esse indicador apresentou mais uma vez os resultados médios positivos para a renda dos produtores. Levando em consideração o custo operacional de produção – custo total menos a remuneração do capital próprio e da terra -, a lucratividade bruta fechou 2020 de novo de forma amplamente positiva, com resultados no geral superiores a 2019”.
“Para este ano as previsões apontam para lucratividades novamente bem positivas na média, mas com chances de ficarem abaixo de 2020, uma vez que tivemos novas altas nos custos de produção. No entanto, temos expectativa de produtividades maiores e tendência de preços médios de novo elevados”, destaca França Junior.
Segundo a DATAGRO, na média brasileira, o produtor que optou por segurar o produto e vendê-lo apenas no final do ano, pensando na soja como um ativo financeiro, teve uma rentabilidade real positiva de 65,35% em 2020, já descontada a inflação de 5,64% (índice IPC da Fipe), desempenho superior a todas as demais opções de investimentos.
Do Agrolink