Paciente com covid-19 tem dedos das mãos amputados após apresentar gangrena
Segundo os médicos, o novo coronavírus destruiu os vasos sanguíneos da mulher de tal forma que não houve outra opção a amputar os membros
Uma mulher diagnosticada com covid-19 precisou ter três dedos das mãos amputados após apresentar uma reação rara à doença. Segundo a publicação científica, feita no European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, os médicos estão observando um grande número de pacientes com problemas de coagulação do sangue, levando a preocupações de que a infecção causada pelo novo coronavírus seja vascular, bem como respiratória.
De acordo com os médicos que cuidaram da paciente de 86 anos, ela teve “gangrena seca do segundo, quarto e quinto dedos da mão direita”. A covid-19 destruiu seus vasos sanguíneos de tal forma que não houve outra opção a não ser amputar os membros.
O mais curioso é que a idosa italiana não apresentou nenhum outro sintoma da infecção causada pelo novo coronavírus. No entanto, em março de 2020, foi hospitalizada com síndrome coronariana aguda, uma redução súbita do fluxo sanguíneo para o coração e coágulos sanguíneos cortaram o suprimento de sangue para seus dedos.
Ao ser testada para covid-19, o exame deu positivo e cerca de um mês depois, seus dedos ficaram pretos. Ainda segundo a publicação, seus dedos amputados mostraram sinais de trombose intravascular, que ocorre quando coágulos de sangue se desenvolvem nas artérias e veias e podem bloquear o coração.
“É importante observar que a covid é uma doença multissistêmica. Acho que uma das características que parece separá-lo de outras doenças virais graves é este estado mais hipercoagulável que parece estar associado a doenças posteriores”, declarou o professor Graham Cooke, que trabalha com o National Institute for Health Research, sobre o caso.
Em julho, um homem morador de Cardiff, no País de Gales, perdeu ambos os polegares, o indicador e a ponta do dedo médio devido à falta de circulação sanguínea depois que pegou o coronavírus e passou 61 dias em um respirador.