Milho segue em alta na Bolsa B3
Confira os motivos que mantém o milho futuro positivo
O mercado de milho na Bolsa B3 de São Paulo começou a semana curta em alta, voltando a fechar no positivo nesta quarta-feira (17.02). Segundo a Consultoria TF Agroeconômica, o movimento contrariou a Bolsa de Chicago do dia anterior e o aumento de estoques da Conab, sendo impulsionado pela escassez de produto nos dois estados da Região Sul, apesar da colheita e dos washouts gaúchos.
Com isto, a cotação de março subiu R$ 0,86 no dia para R$ 86,84; a de maio avançou R$ 0,67 no dia para R$ 85,00 e a de julho avançou R$ 0,54 no dia para R$ 78,45. “Mesmo com o aumento da disponibilidade nos estados do Sul, com a colheita da safra de verão e dos washouts feitos com alguns lotes de exportação do RS, os fundamentos de longo prazo estejam ainda indicando viés de alta”, comentam os analistas da TF.
De acordo com os especialistas, esses são os motivos que mantém o milho futuro positivo:
a) Pouca disponibilidade da safra atual, mesmo considerando a entrada da safra de verão nos estados do Sul (a prova é que os preços não caíram, apenas se mantiveram estáveis e SC comprou 20 mil tons no MS);
b) Previsão de redução de área para esta safra, embora tenha havido aumento de produção devido à ocorrência de chuvas de última hora;
c) Aumento da demanda interna com o aumento das exportações de franco (36,7%) e de suínos (40%);
d) Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021. O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a fincar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes.
Do Agrolink