Milho e soja em alerta com crise na Argentina
Previsão indica tempo quente e seco nos próximos dez dias; Intervencionismo socialista preocupa
O clima seco e a intervenção do governo colocam em alerta os produtores da Argentina, aponta a Consultoria AgResource. “Os contratos da soja e milho na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram expressivas altas nesta segunda-feira (08.02). O cereal chegou a subir 2,8%, a US$ 5,64. Entre alguns dos motivos da elevação está a expectativa de grandes cortes na safra sul-americana”, dizem os analistas de mercado.
“A Argentina, por exemplo, passa por um cenário desafiador. Se, de um lado, a previsão indica tempo quente e seco nos próximos dez dias, por outro o país vive um momento de incerteza quanto a possíveis intervenções do governo no mercado doméstico – que se encontra em uma corrida para controlar a inflação do país, entre outros assuntos que atingem a delicada situação econômica”, explicam os consultores.
De acordo com eles, a demanda pelos grãos dos Estados Unidos continua elevada e sem evidências de racionamento para o mercado: “O acompanhamento do ritmo e volume de consumo que os EUA apresentam até hoje sustentam nosso posicionamento altista de preços. A AgResource mantém a visão altista, baseado em nossa inteligência, acompanhamento e análise de dados”.
Ainda segundo a Consultoria, a agenda desta semana promete trazer intensidade ao mercado. “Os primeiros números que aquecerão o mercado serão os dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) na terça-feira, dia 9 de Fevereiro. Logo depois, na quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apresentará sua estimativa da safra brasileira para apimentar a rodada de atualização de indicadores deste início de ano”, concluem os analistas.
Confira os cinco motivos apontados pela AgResource para o viés de alta em Chicago:
- As reservas globais estão menores
- A procura está maior que a oferta
- As vendas não param de crescer
- As compras seguem aquecidas
- As reservas serão ainda menores
Do Agrolink