Grupo de 30 pessoas ocuparam, mais uma vez, área nas proximidades da rodoviária da cidade. Apenas quatro deles foram imunizados com as duas doses da vacina anti-covid
Um grupo formado por 30 índios (18 adultos, 10 crianças e dois adolescentes) voltou a ocupar um terreno do município às margens da Perimetral Tancredo Neves. Parte deles chegou na semana passada e os demais nesta segunda-feira (22). O mesmo local já foi ocupado por eles em outras oportunidades.
“Recebemos reclamações da população sobre problemas de sujeira e pelo fato de circularem pela cidade sem máscaras. Já questionamos a Funai e nos responderam que apenas quatro deles tomaram as duas doses da vacina contra Covid”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Calderan de Moraes.
Segundo ela, o município notificou a Funai e também o Ministério Público Federal para que providencie o retorno deles para a aldeia. Enquanto isso assistentes sociais vão fornecer máscaras a todos os ocupantes do acampamento. “Estamos trabalhando uma forma de resolver a questão dentro da legalidade”, esclarece a secretária, ao lembrar que os índios são amparados por uma legislação específica.
Em 2018 um representante da Funai, Ivaci Ribeiro, esteve em Campo Mourão e explicou que por conta da desestruturação da FUNAI as reservas ficaram praticamente sem assistência. “Com isso as famílias ficaram sem orientações e passaram a acampar nas cidades para vender artesanato e manter a cultura nômade”, esclareceu. Ele disse ainda que os índios que acampam em Campo Mourão são da etnia caingangue, de Manoel Ribas, onde residem mais de 450 famílias.
Da Assessoria/PMCM