A Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam) divulgou manifesto se posicionando contra o lockdown decretado pelo Governo do Estado.
Confira o manifesto:
A Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (ACICAM), entidade que representa mais de 1 mil empresas no Município de Campo Mourão, é contrária ao lockdown decretado nesta sexta-feira (26.02.21) em todo o Paraná e que também atinge Campo Mourão.
Os empresários não podem pagar pela irresponsabilidade de parte da população que insiste em ignorar as medidas de prevenção. O setor produtivo vem trabalhando com responsabilidade, segurança e não é foco de contaminação.
Um novo lockdown vai gerar desemprego e reduzir a renda das famílias. Muitos empreendimentos vão falir, pois já se encontram em situação de fragilidade devido a lenta recuperação dos fechamentos anteriores. Muitas famílias serão obrigadas a ficar em casa sem ter recursos para necessidades básicas.
A ACICAM entende que se devem impor medidas restritivas que impeçam aglomerações, como a Lei Seca e o toque de recolher, intensificando a fiscalização para punir os infratores.
O trabalhador e o empresário não devem pagar a conta das aglomerações clandestinas que, em sua grande maioria, ocorrem em horários alternativos aos do setor produtivo. Se existem empresários que promovem aglomerações e contribuem para espalhar o vírus, que sejam punidos. Este ônus não deve cair sobre quem luta para preservar a vida e trabalhar com segurança.
É preciso ampliar a fiscalização, aumentar a quantidade de leitos hospitalares, intensificar a realização de testes, realizar a tão esperada vacinação e ter a certeza de que as pessoas infectadas cumpram a quarentena com a disciplina necessária. Que se multe pesadamente quem não a cumprir, inclusive pecuniariamente.
A ACICAM lamenta profundamente as mortes provocadas pela pandemia e ressalta que o lockdown não é a saída mais viável, pois abala a economia e contribui pouco para o combate ao vírus. Em muitos casos, prejudica mais do que ajuda.
Imunizar a população é uma medida emergencial e deve ser tratada como prioridade. Cabe ao Governo Federal atuar com mais eficiência e agilidade para que a vacinação chegue o mais rápido possível a todos.
O setor produtivo precisa estar em funcionamento, com a seriedade de sempre.