Saiba qual é a chave mais segura para cadastro
Os pequenos e médios empresários ainda se sentem um tanto quanto receosos quanto ao meio de recebimento Pix, que é um sistema de pagamento que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.
A transferência ocorre imediatamente da conta do pagador para o recebedor sem intermediários, sem maquininha e sem taxas. Essa possibilidade torna o procedimento muito mais veloz e seguro, basta apenas dez segundos para o dinheiro chegar ao destino.
Com mais de 35 anos no mundo empresarial e desde 2015 na MORCONE Consultoria Empresarial, atuando como consultor e mentor empresarial a empresas de todos os portes e diversos segmentos, hoje pretendo esclarecer se o Pix é seguro para a pequena empresa.
Evolução das transferências até o atual Pix
Muitas pessoas têm olhado para o Pix com receio por conta de fraudes. O problema não é o Pix, mas a falta de segurança que o usuário do correntista tem em relação ao zelo da sua conta.
Para entender mais sobre o Pix é preciso compreender melhor sobre os métodos tradicionais. Partindo primeiro das transferências, a primeira que existiu foi o DOC com limite de 5 mil reais, depois veio a TED como uma modernidade para transferir em horas até às 17h do mesmo dia, e ambas as formas funcionam apenas em dias úteis, e apresentam tarifa ou seja, há bancos hoje que cobram até R$15 por uma transação.
E também há a transferência eletrônica entre fundos que só funciona entre o mesmo banco, ou seja, é preciso contar com a sorte do recebedor ter a conta justamente no seu banco.
E há, claro, aqueles pagamentos que envolvem cartão de crédito, cartão de débito ou boleto. A ideia do Pix é acabar com toda e qualquer burocratização, ou seja, a pessoa tem a autonomia em curtíssimo prazo de realizar transferências em tempo real. Basta ter uma conta associada a esse método em que cadastra uma chave Pix, seja por meio do número de celular, CPF/CNPJ, e-mail, ou chave aleatória que o próprio banco gera. Particularmente oriento a utilização do CPF, porque torna mais fácil o processo.
É possível ter comprovante da transação, ou seja, a pessoa fornece a sua chave Pix e o pagador consegue visualizar todos os dados da pessoa, banco, enfim, ter a visão geral e certeza de que o valor está indo para o destino correto.
Pix é seguro para a pequena empresa?
Recorrentemente me deparo com comerciantes que não contam com esse método de pagamento porque acham que não é seguro ou pode “complicar”. Mas é um método seguro, sem taxas, a pessoa recebe o dinheiro na hora e é muito mais fácil para ambos, pagador e recebedor.
Como é um método mais atual, é comum que as pessoas ainda estejam se informando para ter a certeza se é seguro mesmo. Não impacta a micro e pequena empresa negativamente, pelo contrário, a ideia é facilitar.
O Banco Central, inclusive, é responsável por ter gerado toda essa plataforma, e todos os bancos, todas as fintechs e todas as adquirentes participaram desse processo que demorou três anos para chegar à nossa realidade.
Quem faz a segurança em relação ao Pix ou a qualquer outro método de pagamento é o usuário. Recentemente estava participando de um processo de implantação de sistema em um cliente e ele descobriu uma transferência de sua conta para outra, ou seja, uma fraude, que foi identificada a partir de um malware, ou seja, um vírus que foi instalado no computador dele e que ele não percebeu no momento em que estava realizando o cadastro do novo usuário para se conectar a um novo sistema de gestão.
Então esse problema em específico ocorreu pela ausência de um antivírus adequado, ou seja, o usuário também precisa se certificar das questões de segurança seja no computador, no celular/smartphone, etc.
O uso do CPF não poderia criar mais problemas em relação à segurança nas transações?
O método considerado “mais seguro” é a chave aleatória gerada pelo banco, mas o problema é o tamanho dessa chave, cheia de letras e números e difícil de memorizar, se for guardado em local seguro para mostrar à pessoa no momento do pagamento, essa também é uma opção.
O QR Code também é uma opção, que reúne as informações da chave do cliente.
Não resista às novidades
O Pix é seguro para a pequena empresa tanto quanto os demais métodos, mas com as ressalvas já mencionadas: é preciso compreender que o usuário também é parte integrante na segurança das transações.
O micro e pequeno negócio, por exemplo, precisam se abrir à inovação. Esse foi um método criado para facilitar, com todos os cuidados, não há qualquer problema, pelo contrário, a ideia é facilitar e tornar o processo de pagamento e compra muito mais acessíveis.
Carlos Moreira – Há mais de 35 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria) e CCO (Diretor Comercial e de Marketing). É empresário há mais de 15 anos e sócio e fundador da MORCONE Consultoria Empresarial.