O soro brasileiro anti-covid feito com plasma de cavalos evoluiu nas pesquisas e será testado sem seres humanos.
O belo trabalho é do Instituto Vital Brazil em parceria com a UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – e a Fiocruz.
O pedido de ensaio clínico do material está na segunda rodada de perguntas da Anvisa e, em breve, o projeto será testado em pacientes para avaliação da eficácia.
A pesquisa já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) no fim do ano passado e agora precisa da aprovação da Anvisa.
Um produto semelhante, também produzido a partir de anticorpos obtidos de cavalos vacinados, foi aprovado em dezembro do ano passado na Argentina, para tratamento de pacientes com Covid.
Os testes
O ensaio clínico brasileiro prevê duas etapas de testes.
Primeiro o soro será injetado em sete pessoas, como uma primeira fase de avaliação.
Se confirmada a ausência de efeitos colaterais, mais 36 pacientes receberão doses do produto.
O estudo deve ser concluído em três meses.
Como
O soro a partir de anticorpos de cavalos vacinados foi desenvolvido com base na Proteína S, no Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da Coppe/UFRJ.
A proteína usada tem uma estrutura semelhante à presente na superfície externa do coronavírus. Assim, ela é capaz de estimular, no animal que recebeu a dose, a produção de anticorpos que reconhecem e neutralizam o vírus.
A professora Leda Castilho, da Coppe, que coordena os estudos, acredita que será uma terapia importante contra a Covid-19.
“Diante da inexistência de terapias específicas para a doença, os anticorpos de cavalos produzidos pelo IVB são uma grande esperança de tratamento possível e específico para a Covid-19”, afirmou ao ODia.
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