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Curitibanas denunciam ‘tarado’ que liga mais de 70 vezes por dia com voz ofegante; ouça

Ouça um dos trechos da ligação do assediador

Pelo menos três curitibanas entre 21 e 25 anos vivem um drama por causa de um homem obcecado, que elas definem como “tarado”. Duas conversaram com a Banda B para contar como este homem age. Em comum, dezenas de ligações num único dia e a necessidade de que as vítimas descrevam suas características físicas. Com todas, ele fala palavras obscenas e fica com a voz ofegante, dando a entender que estaria se masturbando. As três procuraram a polícia e dizem que ouviram que, por enquanto, nada pode ser feito.

O caso mais recente é de uma estudante de Direito, de 24 anos, casada, que vem recebendo cerca de 70 ligações por dia deste homem (vídeo abaixo mostra).

 

“Ele começou a me ligar do nada, achei que conhecia nos primeiros minutos, e daí passou a me encher de perguntas sobre como era. Ele fazia descrições de como eu estava mesmo, de bermuda, regata e quando disse que eu era ruiva, gelei. Desliguei e ele passou a me ligar sem parar, com voz ofegante, falando coisas obscenas, como se estivesse se masturbando. Numa das ligações, meu marido atendeu e ele nem se importou”, contou a jovem.

Ouça um trecho de uma das ligações em que ele diz: “Que roupa você está agora? Posso tentar adivinhar? Você está de legging? Você está de calção? Está de vestido?

 

A vítima foi até a delegacia do 7º Distrito Policial, em Curitiba, e lá recebeu mais uma ligação do homem. “Um policial atendeu, falou pra ele parar, e que nada… continuou me incomodando. Na delegacia, disseram que, por enquanto, nada podiam fazer. Saí de lá desesperada e dei  um jeito de descobrir quem é. Tenho certeza que o localizei pelo facebook, mas ninguém pode fazer nada”, lamentou.

“Não sabemos se é um psicopata, um criminoso, seja lá o que for. O que não conseguimos mais é viver com este medo. Até acho que vi ele me seguindo e já nem sei se era ele mesmo ou não”, lamentou a jovem.

Outro caso

A Banda B também conversou com outra vítima. Uma assistente administrativa que diz estar recebendo ligações deste mesmo homem desde março de 2020.

“Ele ligava sem parar no começo. Depois falou com meu marido, parou por um tempo e voltou agora em janeiro. Também consegui descobrir quem era porque uma das vezes ele me ligou do telefone pessoal dele e vi a foto pelo Whats. A polícia também disse que nada pode fazer porque não houve contato físico. Como assim? Ele deve saber onde moro, quem são meus parentes… estou em pânico”, contou a jovem.

A terceira jovem de Curitiba, indicada pelas também vem sendo assediada por telefone há meses. A Banda B não conseguiu contato.

A polícia

A Banda B enviou todas as fotos e áudios que recebeu com as ligações das vítimas para a assessoria da Polícia Civil do Paraná que, em nota, afirmou que investiga o caso.

Da Banda B

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