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Não venda toda soja, porque pode subir mais

Clima na América do Sul começa a se tornar mais importante em face dos estoques apertados dos EUA

A recomendação atual da Consultoria TF Agroeconômica é de “fixar os níveis mínimos de venda, assegurando os lucros atuais com mais alguns lotes”. De acordo com os analistas de mercado, há “sinais positivos para o mercado de soja no horizonte”, com vários fatores altistas despontando.

Os drivers no mercado permanecem os mesmos, o clima na América do Sul começa a se tornar mais importante em face dos estoques apertados dos EUA. De fato, o relatório do USDA mostrou estoques finais acima do esperado pelo mercado e manteve produções para o Brasil (idem CONAB), mas consultores privados começaram a fazer cortes em relação aos dois relatórios”, aponta a TF.

A questão, segundo os especialistas, é que 88% das exportações estimadas para as exportações dos EUA já são efetuadas: “Quando o ciclo de negócios deverá demorar ainda nove meses, tal como aconteceu com o Brasil em 2020, que adiantou as exportações e ficou sem produto. Se Brasil e Argentina tiverem problemas de produção devido ao clima, o fornecedor seriam os EUA, fazendo com que a situação do estoque seja ainda mais apertada”.

As chuvas que caíram nas áreas produtivas da América do Sul foram menores do que o esperado e espera uma volta do La Niña para a frente. “Isso mantém os preços. Os chineses há um mês que desapareceram do mapa, alguns dizem que têm suas necessidades atendidas outros que estão esperando pelo que Biden vai fazer novas compras. No encerramento da quinzena o volume de moagem nos EUA do mês de novembro foi relatado, marcando um novo recorde do ano”, conclui a TF.

Fatores de alta

*Incerteza sobre as safras da América do Sul (Brasil e Argentina), com a volta do tempo seco,
*Oferta reduzida nos EUA, aos níveis menores que a Guerra EUA-China de Trump,
*Maior esmagamento interno nos EUA aumentou o consumo e reduziu a disponibilidade,
*Compras técnicas dos Fundos romperam níveis de resistência,
*Greve nos portos argentinos, que são os maiores exportadores mundiais de farelo e óleo de soja.

Fatores de baixa

*Dólar no Brasil, que andou de lado toda a semana e com perspectivas de queda
*Alto nível de comprometimento da safra 2020/21 e incertezas climáticas aumentam a cautela entre os vendedores brasileiros.

Do Agrolink

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