Consulta pública realizada na quarta e na quinta-feira, dias 11 e 12, aprovou a implantação do ensino cívico-militar nos Colégios Marechal Rondon e no Osvaldo Cruz, em Campo Mourão.
No Marechal Rondon, que é localizado no centro da cidade, a comunidade escolar participou com 982 votantes e 83% deles optaram pelo Sim.
Já no Osvaldo Cruz, localizado no jardim Laura, a aprovação ocorreu com 80% dos votos. 174 sim e 43 não.
Com isso, agora são quatros os colégios estaduais da cidade que terão o modelo de ensino proposto pela Secretaria da Educação do Paraná.
Anteriormente, em consulta realizada na semana passada, os colégio Darcy José Costa (no jardim Parigot de Souza) e o Unidade Polo (centro) já tinham contado com a aprovação da comunidade escolar.
Colégios cívico-militares: o que muda no dia a dia dos alunos
Os estudantes dos colégios estaduais que passarão a adotar o modelo cívico-militar vão encarar algumas mudanças na rotina escolar a partir do próximo ano letivo. Embora a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) negue o conceito de militarização das instituições, as novidades vão no sentido de trabalhar condutas disciplinares e resgatar o respeito às autoridades, como a do professor em sala de aula.
O comando dessas escolas passará a ter três diretores. O diretor-geral será um professor da rede de educação, responsável por cuidar do conteúdo e do material pedagógico. Subordinado a ele estarão um diretor militar, um policial militar inativo, e um civil, também servidor da rede de educação. Outros policiais militares, em número de dois a quatro, trabalharão como monitores.
Além disso, os alunos passarão a ter uniformes próprios, composto de agasalho completo, camisetas e um traje especial para eventos públicos. O investimento da Seed para a implantação do novo modelo, somente em 2021, será de R$ 65 milhões – R$ 40 milhões para aquisição e distribuição dos uniformes e cerca de R$ 25 milhões para o pagamento de auxílio financeiro para os militares inativos.
Em termos pedagógicos, as principais mudanças estão a ampliação da carga horária, com aumento nas aulas de português e matemática, além da inclusão de educação financeira e da disciplina de civismo, que, segundo a Seed, valorizará “a ética, valores morais e de cidadania”. “O aluno vai estudar a Constituição Federal, a organização do estado democrático de direito, a separação dos poderes”, explicou o diretor-geral da secretaria, Gláucio Dias, na última edição do podcast Pequeno Expediente.
“Haverá um foco um pouco maior em atividades cívicas, em entender o 7 de setembro, o 15 de novembro, o 19 de dezembro, os nossos símbolos pátrios e nossos heróis nacionais, que participaram da constituição da nossa pátria”. Ele acrescenta que a proposta do colégio cívico-militar é dar ênfase maior também na disciplina. “Na questão da ordem, da constância, da diferenciação do certo e do errado. Tem uma disciplina um pouco mais rígida do que o colégio tradicional.”
Da Redação com Gazeta do Povo