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Cidades com grandes cassinos acharam sua “vocação” através de decisões bem acertadas

Ao redor do mundo, existem cidades que parecem seguir sua vocação desde a sua origem. No geral estas são as cidades que antes de se organizarem, já contavam com elementos naturais como terrenos propícios para o plantio de grãos e outros gêneros alimentares, ou jazidas de ferro e carvão mineral, para se tornarem polos agrícolas e industriais respectivamente. Vê-se isso aqui no Brasil com as famigeradas cidades de terra roxa no sul e no sudeste do país, e também na Europa como a região de Alsácia-Lorena.

Mas nem toda cidade conta com esse “privilégio”. Algumas delas acabam surgindo com territórios auxiliares a estas localidades mais bem estruturadas para desenvolver atividades com grandes retornos financeiros, tornando-se assim as “cidades dormitório” onde moram os trabalhadores dos grandes empreendimentos em municípios centrais. Mas algumas destas cidades, com o tempo, acabam desenvolvendo para si soluções à essa falta de vocação econômica desde o princípio, explorando outras atividades para se “colocar no mapa”.

Em boa parte das situações onde este desenvolvimento toma lugar, ele se faz através do oferecimento de serviços que outras cidades nos arredores não podem fazer. É algo que pode ser feito através de serviços educacionais como universidades, serviços públicos e notariais, e também até pelo oferecimento de diversões noturnas. E neste último, as cidades que se tornaram grandes pólos de cassino são um grande exemplo de táticas propícias para outras localidades que queiram seguir um caminho de sucesso, e numa linha semelhante.

Nos tempos de hoje, Las Vegas nos Estados Unidos e Macau na China são as duas localidades que disputam entre si o posto de maior polo de jogos do mundo. É uma disputa bastante acirrada, com empresários dos dois lados executando investimentos vultuosos para manter o lugar no pódio de suas respectivas cidades. Mas as coisas nem sempre foram assim.

Las Vegas é uma cidade localizada na parte plana do deserto de Mojave, uma região antes insólita que era frequentada apenas por algumas das tribos nativas dos Estados Unidos e do México. Sem a possibilidade de plantio de boa parte dos gêneros alimentícios básicos para a sobrevivência de uma cidade, ou de manutenção de gado para os mesmos fins, seria inviável a construção de uma cidade como essa antes do século XX, quando as rotas comerciais e os transportes tornaram-se desenvolvidos o suficiente para que isso não fosse mais um grande problema.

Macau teve um ponto de partida um pouco mais propício, sendo criada como um entreposto comercial português na China no século XVI por sua localização a beira-mar. Entretanto a região entrou em grande declínio logo após o desenvolvimento de Hong Kong no século XIX, que tomou o lugar de Macau como um dos principais centros de comunicação comercial entre a China e o resto do mundo.

Tanto Las Vegas quanto Macau encontraram nos cassinos sua “vocação”. A liberalização dos jogos nestas localidades mostrou-se uma decisão acertada, com os investimentos que prosseguiram após tais medidas fazendo com que ambas as cidades se tornassem dois dos maiores polos de diversões noturnas do mundo.

Hoje ambas as cidades servem como inspiração para outras localidades que desejam seguir um caminho semelhante, e também para jogos da indústria de cassinos fora dos salões físicos. Uma busca por “Vegas” em plataformas de jogos online como a Royal Panda, nos traz uma dezena de jogos com temática inspirada na grande cidade estadunidense. Macau ainda não conta com tamanho privilégio, tendo somente um jogo – Macao Roulette – listado. Mas isso se explica pelo pouco tempo que Macau se encontra dentro deste meio de cassinos em comparação a Las Vegas, com a segunda tendo uma vantagem de quase um século sobre a primeira nessa indústria.

No Sul, existem várias cidades que executam essa função de centro de diversões para turistas que vem de outras partes da região, e também do resto do Brasil e do mundo. A mais famosa é a cidade de Balneário Camboriú, localizada no litoral de Santa Catarina, que por vezes ganha a alcunha de “Ibiza brasileira” por conta de suas grandes festas realizadas durante boa parte do ano, semelhantes às celebrações que tomam lugar na ilha espanhola.

Já no Paraná, as agitações noturnas estão mais associadas com as grandes cidades do estado. Em grande parte, estas também servem como polos universitários, e não é coincidência que os estudantes destas instituições compõem boa parte da clientela dos estabelecimentos noturnos. Assim se vê noites muito badaladas em ruas de Curitiba, Maringá e Londrina.

Enquanto que a dimensão destes eventos no Paraná ainda tem um elemento local muito forte, não seria uma má ideia tentar buscar uma inclinação mais turística num futuro próximo. Tais cidades contam não só com as noites badaladas como atração para gente de fora, uma vez que os vários pontos turísticos e a infraestrutura de transporte das mesmas são também elementos que podem servir de chamariz para aqueles que buscam experimentar um clima cosmopolita em suas viagens, mas sem “apelar” para as grandes capitais do sudeste como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

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