As autoridades de saúde de Curitiba e do Paraná estão em alerta e orientam as famílias para evitar aglomerações na comemoração de Dia dos Pais, especialmente porque o isolamento social acontece desde março e muitos aparentam estar acomodados e cansados, mesmo no momento em que se tem recorde de mortes e casos pelo novo coronavírus.
A preocupação é que aconteça algo semelhante ao Dia dos Namorados, onde houve um aumento de casos pelos encontros românticos entre os casais, que levaram o vírus especialmente para os mais idosos.
A enfermeira Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção em Vigilância em Saúde da Secretária de Saúde do Paraná, destacou que o momento exige responsabilidade. “As pessoas precisam ficar em casa, manter o isolamento social, porque ainda temos um número importante de casos e mortes no Paraná. Cuidar dos pais sim, mas pelo WhatsApp, manter o vinculo desta forma, prevenindo a transmissão da doença”, disse à Banda B.
Goretti ainda salientou que o número de mortes entre os homens é maior, por questões de cuidados com a saúde e hormonais. “Com isso, agora temos que resolver o problema e sair da crise, porque a situação não é confortável, projetando na frente como vai acontecer. O momento é de manter a distância”, disse, salientando que outros Dias dos Pais ainda acontecerão no futuro..
Na linha de frente de atendimento de casos da Covid-19, o médico pneumologista Irinei Melek, intensivista do Hospital Angelina Caron e atual presidente da Associação Paranaense de Pneumologia e Tisiologia, lembrou que muitas famílias já foram devastadas pela doença. “Isso é frequente. Temos uma família inteira que foi afetada em Campina Grande do Sul, com duas mortes. Um caminhoneiro mais jovem trouxe para a família e dois idosos morreram e outros ficaram graves, que até hoje sofrem com as sequelas. Não podemos baixar a guarda”, lembrou.
O Paraná acumula 84.384 diagnósticos positivos e 2.141 mortos em decorrência da doença.
Da Banda B