O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR) formalizou nesta quarta (12) a entrega do protocolo de retorno das atividades presenciais para bebês e crianças de zero a três anos de idade junto à Secretaria de Educação de Estado (SEED). O protocolo. segundo o sindicato, reforça a importância do retorno das aulas, fundamentais para o desenvolvimento infantil e também para –pais que retomaram o trabalho e não têm com quem deixar os filhos. Apesar da pressão das instituições particulares, o governo do Paraná informou que ainda não há data para a volta das aulas presenciais no Paraná, mas a previsão é que os alunos de educação infantil sejam os últimos a retornar (veja tabela abaixo). Entre as medidas do protocolo, estão a criação de circuitos internos nas escolas para evitar contato, evitar partilhar brinquedos e alimentos, além de normas mais rígidas para troca de fraldas.
De forma detalhada, o documento estabelece rígidos padrões de cuidado para a prevenção à Covid-19 nas instituições, assim como a autonomia das escolas junto aos pais para definir, ou não, a retomada das atividades presenciais. “O Sinepe/PR segue como parte ativa do comitê criado pelo Governo do Paraná, que discute as melhores formas de retornar. “Entre as orientações do protocolo está a importância da definição de um protocolo próprio das instituições, uma vez que cada escola possui a sua particularidade”, reforça Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR. O protocolo prevê que as escolas seguirão o protocolo da Secretaria de Saúde, que prevê uma pesquisa junto aos pais sobre retorno às aulas e o máximo de 30% da capacidade na mesma sala. O desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social já foi duramente afetado, avalia Esther. Por isso, a necessidade de ter protocolos já estabelecidos para o retorno antecipa discussões fundamentais, assim como fornece orientações às instituições sobre como proceder da melhor forma, respeitando o parecer de órgãos de saúde.
O protocolo foi desenvolvido por um comitê formado, entre outras pessoas, pelo Dr. José Francisco Malucelli Klas, presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Paranaense de Pediatria, e pela Dra. Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SESA/PR.
Calendário retorno às aulas por faixa etária
1.º Retorno dos estudantes do 3.º ano do ensino médio e 9.º ano do ensino fundamental.
2.º Retorno dos estudantes do ensino médio.
3.º Retorno dos estudantes do ensino fundamental.
4.º Retorno dos estudantes da educação infantil.
Veja algumas medidas do protocolo.
Protocolo da Higienização Geral
Realizar a higienização dos colchonetes, brinquedos, materiais pedagógicos, cadeirões de alimentação e/ou objetos.
Dividir a turma sempre que realizar atividades em ambientes comuns.
Disponibilizar um ponto de álcool gel a 70%, próximo à porta de entrada da sala de aula, do lado de dentro.
As cadeiras e mesas (quando houver) deverão ser limpas com solução padronizadas ao fim de cada turno de aulas.
O ar condicionado deverá ficar desligado.
Manter portas e janelas abertas, sempre que possível, para maior circulação do ar.
Manter abastecidos os recipientes de higienização das mãos (sabonete líquido, álcool em gel a 70%, papel toalha).
Garantir banheiros e demais ambientes limpos supridos de insumos (papel toalha, papel higiênico, sabonete líquido e álcool a 70%).
Intensificar a limpeza de superfícies de uso comum como pisos, armários, maçanetas, corrimões, interruptores de luz, puxadores de portas, janelas e outros.
Providenciar solução preconizada para a higienização dos calçados e/ou tapete
higienizador.
Providenciar a retirada de todos os lixos pelo menos duas vezes ao dia.
Resíduos comuns devem ser retirados mais de duas vezes ao dia.
Maçanetas, portas, móveis e superfícies não devem ser tocados com as luvas utilizadas para a limpeza.
Assegurar, sempre que possível, que as crianças não partilhem objetos ou que os mesmos sejam devidamente desinfetados entre as utilizações.
Na hora da sesta, deve existir 1 (um) colchão para cada criança e garantir que ela use sempre o mesmo, separando os colchões uns dos outros e mantendo a posição dos pés e das cabeças alternadas, respeitando o distanciamento de 2 metros.
Para evitar o cruzamento entre pessoas, a escola/creche deve estabelecer a definição de circuitos de entrada e saída, e de acesso às salas, e a criação de espaços “sujos” e “limpos”, encerrando, por outro lado, todos os espaços que não sejam necessários ao bom funcionamento das atividades.
Lavar regularmente os brinquedos com água e sabão.
As crianças não devem levar brinquedos ou outros objetos não necessários de casa para a escola/creche.
Sempre que necessário utilizar EPI’s recomendados.
Triagem ao chegar na escola/acolhida
Condutas para entrada e permanência no interior da escola/creche:
Uso de máscara de proteção facial, usada de forma correta, cobrindo obrigatoriamente boca e nariz.
O cuidador/professor/atendente devem usar além da máscara de Face Shield, máscara de tecido que deve ser trocada a cada 2h, seguindo demais recomendações da nota 22.
Criança de 0 a 3 anos não pode usar máscara facial.
Seguranças patrimoniais e recepcionistas deverão utilizar máscaras. Conforme a Lei Estadual 10.189/2020, o uso de máscaras é obrigatório para toda a população.
A ausência de máscara impedirá o acesso às dependências da escola/creche.
Aferição da temperatura de todos que precisam entrar nas dependências da escola/creche, alunos, funcionários, visitantes e prestadores de serviços.
A temperatura deverá ser aferida por dispositivo eletrônico rápido em cada acesso.
Pessoas com temperatura acima de 37°C e/ou mostrar sintomas gripais devem ter sua entrada impedida e serem orientadas a procurar uma unidade de saúde e/ou ligar no call center do Município que deverá estar fixado em placa de acrílico na entrada.
Orientação a todos que forem adentrar na escola/creche para proceder a higienização das mãos com álcool em gel a 70%.
Orientação para que sempre que possível lavar as mãos com água e sabonete líquido secando-as com papel toalha.
Não deve existir contato físico como aperto de mão ou abraços.
Aglomeração de pais, alunos e funcionários deve ser evitada num mesmo ambiente.
Respeitar o afastamento de 2 metros entre as pessoas.
Indica-se a troca de calçados, ou a higienização criteriosa deles, para aqueles que forem adentrar nas salas de aulas. Os cuidadores/atendentes/professores devem sempre realizar a higienização das mãos após a limpeza dos calçados.
Pessoas portadoras de sintomas gripais não devem frequentar o interior da escola/creche, independente de ser por COVID-19 ou outro vírus respiratório.
Na chegada e saída da escola/creche, as crianças devem ser entregues/recebidas individualmente pelo colaborador, ou pessoa por ele designada, à porta do estabelecimento, evitando, sempre que possível, a circulação dos mesmos dentro da escola/creche.
Realizar higienização das mãos antes e após o contato com as crianças.
Higienização da Bancada de troca de fraldas e do Trocador
Na presença de matéria orgânica (urina/fezes): borrifar água e sabão e remover a matéria orgânica com papel toalha. Proceder a aplicação de álcool a 70% com papel toalha (em sentido único).
Na ausência de matéria orgânica: borrifar com álcool a 70% três vezes e higienizar com papel toalha, em sentido único toda a superfície do trocador.
O documento completo está disponível AQUI
Fonte: Bem Paraná