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Empresa familiar cria farmácia itinerante para superar a crise

Rede de Londrina usa estratégia para se diferenciar das grandes lojas, aumenta vendas e amplia relacionamento com clientes

Para continuar faturando e competindo com as grandes redes durante a crise do coronavírus, a Rede de Farmácias Vale Verde, empresa familiar com sede em Londrina, aproveitou o momento para lançar novos serviços. Já que as pessoas evitam sair de casa, por que não levar a farmácia até elas? Foi aí que surgiu a ideia do Farma Móvel, a farmácia itinerante que circula pelos bairros da cidade com três unidades.

Os carros foram locados e levam um motorista e um farmacêutico cada. Os profissionais foram treinados de acordo com protocolos da Vigilância Sanitária. Além de produtos de higiene pessoal, íntima (fralda geriátrica, absorventes) e itens para bebês (fralda, lenço umedecido), as unidades oferecem aplicação de injetáveis, testes de Covid-19, glicemia, colesterol, exame de dengue, vitamina C, beta HCG e vacinas. O serviço pode ser solicitado pelo telefone (43) 99692-0050. Caso o cliente encontre uma das unidades na rua, pode solicitar a parada no local.

A presidente da Rede, Ana Carolina Augusto Correa, explica que as unidades móveis conquistaram os clientes. Além de terem acesso a alguns produtos e poder solicitar itens para entrega em domicílio, eles têm a chance de tirar dúvidas com o farmacêutico.

“Queremos manter o Farma Móvel mesmo após a pandemia, principalmente com foco na prestação de serviços em domicílio”, afirma. Outras iniciativas foram adotadas pela rede para estreitar os canais de vendas com os clientes, como Drive-Thru, pedidos por WhatsApp, fortalecimento do e-commerce  e a reativação do serviço de entregas, que havia sido descontinuado há alguns anos.

Ana Carolina diz que a pandemia também possibilitou uma revisão nos custos e na gestão. “Aproveitamos para fechar quatro lojas no centro que já não estavam indo bem. Estamos reabrindo em novos endereços nos bairros”, conta. Ela destaca que a prioridade foi preservar empregos e o caixa da empresa. A previsão é que, neste mês de agosto, a rede volte ao mesmo patamar de faturamento de antes da crise.

“Criamos um comitê de caixa e fizemos um trabalho interno para redução de despesas. Reduzimos valores de alugueis, suspendemos contratos de trabalho de funcionários do grupo de risco”, cita.

Na avaliação da gestora, o medo e as incertezas trazidos pela pandemia, no fim das contas, se transformaram em resultados positivos para a empresa.

“Colocamos em prática coisas que antes demorávamos muito para fazer, como o próprio delivery, que estava em fase de testes. Começamos com ferramentas que tínhamos em mãos e depois fomos aprimorando”, comemora.

A rede de farmácias integra a governança da Saúde de Londrina e é parceira do Sebrae/PR no desenvolvimento de ações e estratégias para impulsionar o setor. A consultora do Sebrae/PR, Simone Millan, afirma que a crise representa uma oportunidade para refazer o planejamento e rever estratégias do negócio, além de renegociar contratos, valores e prazos para pagamento de despesas.

“As empresas precisaram tomar ações de curtíssimo prazo para conseguir honrar compromissos”, aponta. No caso dos pequenos negócios, a maior preocupação é a folha de pagamento, já que os colaboradores não são apenas “números”, mas vistos como “parte da família”. Nesse período, também se observou o fortalecimento de parcerias e permutas. O comprometimento dos funcionários aumentou e eles passaram a se envolver em outras atividades ou exercer novas funções.

O momento, segundo a consultora, exige a disposição para correr riscos. O planejamento é importante, mas a crise exige ações rápidas. Tem que implantar, reavaliar e mudar de rota depois, se necessário. “A pequena empresa tem vantagem porque é enxuta, a comunicação flui mais rápido. Se errar, tem chance de consertar com agilidade”, avalia.

Fonte: Sebrae/PR

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