A loja permaneceu 14 dias fechada em razão do recente decreto estadual
Após ficar com a loja de roupas fechada por 14 dias, por conta do recente decreto estadual que impôs restrições ao funcionamento de atividades consideradas não essenciais, a comerciante Silvana Mendes foi vítima de três ladrões que carregavam uma criança no colo. Emocionada, em entrevista à Banda B, a lojista descreveu como tudo ocorreu e fez um desabafo. Câmeras de segurança flagraram a ação que aconteceu na manhã desta quinta-feira (16), na rua João Dembinski, no bairro Campo Comprido, em Curitiba.
De acordo com Silvana, um casal e uma jovem chegaram ao local, e uma das mulheres, a mais nova, pediu para ver algumas peças de roupa. Tudo aconteceu enquanto a lojista foi até o estoque buscar as vestimentas.
“Enquanto estava no estoque, o casal foi furtando o que conseguiu. Em certo momento, eles saíram da loja e a mais nova continuou me enrolando e até pediu que eu empacotasse o produto para presente. Cheguei a fazer o embrulho, mas quando terminei ela disse que ia buscar o cartão no carro que estava com o marido e saiu correndo”, descreveu.
Ao correr, a comerciante desconfiou da atitude da mulher e decidiu verificar as câmeras de segurança, que confirmaram a suspeita de Silvana. Ela lamentou a ação e afirmou que deveria ter prestado mais atenção ao casal. No entanto, explicou que nunca desconfiaria de um casal que estivesse com o filho: “Por eles estarem com a criança, nem passou pela minha cabeça que isso aconteceria. Nunca imaginei que um pai usaria o filho para fazer isso. Jamais colocaria meu filho em meus braços para cometer um crime”.
Os autores já são procurados pela polícia, uma vez que as imagens do circuito de monitoramento estão sob posse dos investigadores. A esperança da lojista é que eles sejam identificados e que consiga recuperar o que foi levado.
“Acho difícil, mas confio na Justiça. Fiz o Boletim de Ocorrência e entreguei as imagens. Espero conseguir recuperar o que eles levaram”, afirmou Mendes.
“Revolta e indignação”
Emocionada, a comerciante descreveu as dificuldades enfrentadas por ela e a família durante a pandemia. “A lei existe para nós comerciantes, somos obrigado a fechar quando mandam e temos que ter todas as documentações necessárias para funcionar. Agora, entram essas pessoas e em três minutos fazem estrago”, relatou.
E concluiu: “Tenho dois filhos que fazem faculdade, eles são honestos. Então, ver uma cena dessa é revoltante. Às vezes, a vontade de fechar é grande… O governador fecha tudo e o ladrão vem e rouba”.
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