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OMS confirma caso de influenza A H1N2 com potencial pandêmico no Paraná

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou nesta sexta (10) um caso de infecção por influenza A H1N2 na cidade de Ibiporã, a 200 km de Campo Mourão. O caso foi analisado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocru) e aconteceu em abril. O vírus circula em porcos e, segundo a OMS,  tem potencial para gerar uma pandemia. 

A mulher de 22 anos trabalha em um abatedouro de porcos na cidade e foi ao hospital depois de sentir sintomas respiratórios. Lá foi feita uma coleta de amostra, que detectou um tipo diferente de influenza A. A Fiocruz foi acionada e, após analise, foi confirmada a infecção. A paciente não tinha comorbidades, foi tratada em casa  com o antiviral Oseltamivir e se recuperou. Outro funcionário do mesmo matadouro desenvolveu sintomas respiratórios na mesma época que ela, mas não foi coletada amostra dele na ocasião. Nenhum outro caso suspeito foi identificado até agora.

A Fiocruz segue fazendo a análise genética do vírus e, no final de junho, as autoridades do município de Ibiporã, onde mora a mulher, começaram uma investigação na cidade. Os casos suspeitos de Covid-19 da região também serão testados para a variante da influenza.  Neste sábado (11), a Fiocruz vai divulgar um comunicado detalhado e, provavelmente, disponibilizar um porta-voz para dar mais detalhes.

No mundo inteiro, foram documentados 26 casos de influenza A H1N2, reportados desde 2005 e, com o caso de Ibiporã, o Brasil soma dois. A Organização Mundial da Saúde diz ainda que não há, neste momento, qualquer determinação de restrição ao Brasil devido a este caso. A orientação para evitar a nova variante desse vírus é a mesma que para o novo coronavírus: cuidados com a higienização e muita atenção à etiqueta respiratória.

Ao jornal O Globo, Eurico Arruda, professor titular de virologia da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, contou que esse é mais um caso de vírus pulando diretamente de animais para os humanos. O especialista em vírus respiratórios alega também que é necessário o monitoramento rigoroso e estudos sobre esses patógenos. “Não há evidência de contágio interpessoal nesse caso. Mas os vírus mudam, como o Sars-CoV-2 nos mostrou e precisamos estar vigilantes e nos antecipar”, aconselhou o especialista.

Da Redação com Agências

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