O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, viralizou recentemente nas redes sociais. E o motivo não é muito positivo. É que o político causou polêmica ao confirmar a flexibilização do comércio do município, localizado na Bahia, e ao aformar que autorizará o funcionamento dos estabelecimentos comerciais a partir da próxima quinta-feira (9 de julho), “morra quem morrer”.
“Primeiro lutar pela vida, a vida é uma só. Morrer acabou. Não tem fortuna, não tem pobreza, não tem falência, não tem nada. Não posso abrir uma coisa que não tenho cobertura. Na dúvida, com os nossos morrendo por causa de um leito em Itabuna, vou transferir essa abertura. No dia 8, mandei já fazer o decreto, que no dia 9 abre, morra quem morrer”, diz o prefeito em uma gravação divulgada nas redes sociais.
Maior cidade do sul baiano, com cerca de 200 mil habitantes, Itabuna pretendia reabrir o comércio a partir de 1º de julho, mas foi obrigado a rever a reabertura devido ao fato de o município registrar 100% de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19. Anteriormente, o município também havia tentado retomar as atividades comerciais no início de junho, mas recuou após uma recomendação do Ministério Público da Bahia.
Na cidade, que já possui 2.637 casos confirmados de coronavírus e 58 mortes, os estabelecimento comerciais estão fechados desde março. A estimativa da prefeitura é que 40 empresas não voltem a abrir as portas depois da pandemia.
Segundo a assessoria de comunicação do prefeito, inclusive, mseria essa situação do comércio que levou o prefeito a fazer tais declarações. Além disso, a Prefeitura também afirma que Fernando Gomes foi “mal interpretado”.
De toda forma, nesta quinta-feira o governador da Bahia, Rui Costa, comentou a fala do prefeito e revelou que pediu para que ele revisse a ideia de reabrir o comércio. “Ele tem se sentido pressionado, tem uma voz nacional que diz para abrir, que ganha apoio de comerciantes, com medo de quebrar. Sob pressão, as pessoas saem do ponto, perdem o equilíbrio. Falei com ele ontem, está no quinto mandato, tem quase 80 anos, me disse que nunca viveu uma situação como essa, que nunca se sentiu tão pressionado”, falou o governador.
Do Bem Paraná