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Sindicam divulga pesquisa da CNC sobre retomada da economia

Resultados da pesquisa vão subsidiar a organização do Programa de Retomada da Economia do Comércio

   O Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região (Sindicam) divulgou o resultado de pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre as necessidades do setor para a retomada da economia.

Foram ouvidos 663 empresários e dirigentes sindicais dos 26 estados e do distrito Federal no período de 3 a 8 de julho. O Paraná foi o estado com o maior número de entrevistados: 120.

   A pesquisa teve o objetivo de ouvir empresários com a finalidade de elencar as necessidades do setor para a retomada da economia. As informações obtidas fundamentarão o programa que será apresentado ao governo federal para apoiar as empresas do setor do comércio na retomada de suas atividades. O programa prevê propostas nos âmbitos trabalhista, tributário e jurídico.

  Segundo os entrevistados, o ICMS, o ISS e o INSS são – pela ordem – os três principais tributos que mais impactam negativamente no desenvolvimento das empresas do setor. Na sequência apontaram o Imposto de Renda, Cofins, PIS, FGTS, IPI, DAS, CSLL, ISSQN e o IOF. Também foi apontado o que mais impacta o desenvolvimento empresarial no País: pagamento de tributos, pagamento da folha salarial e o pagamento de empréstimos.

>>> Baixe arquivo com a Pesquisa

   Os participantes elegeram as duas medidas que consideram essenciais nas relações trabalhistas para viabilizar a retomada das atividades econômicas: 1º) Prorrogação das medidas que autorizam a redução da jornada e dos salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho; 2º) Recontratação do trabalhador dispensado sem carência e com diferente remuneração. Em terceiro lugar ficou o parcelamento da rescisão do contrato de trabalho, enquanto em quarto lugar ficou a correção dos débitos trabalhistas pela aplicação da TR.

   A flexibilização plena da legislação trabalhista para a manutenção dos empregos e empresas foi considerada “muito importante” por 565 entrevistados, enquanto 80 classificaram como “importante” e 18 como “pouco importante”.

Retomada

   A pesquisa também indagou sobre os fatores, por ordem de importância, para a retomada da economia no período pós-pandemia: 1º) linhas de crédito facilitadas e com juros subsidiados; 2º) postergação do pagamento de tributos; 3º) Programa de incentivo tecnológico para as atividades empresariais, com investimentos do Estado; 4º) Programa de Recuperação Fiscal (Refis); 5º Parcelamento judicial de dívidas trabalhistas.

   Noventa e seis por cento dos entrevistados (637) foram favoráveis ao empreendedorismo nos moldes do salão-parceiro estendido para todos os setores do comércio. A legislação permite a contratação de profissional-parceiro como pessoa jurídica, que são considerados como pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores individuais.

   Os participantes da pesquisa foram ainda indagados se acreditavam que o investimento governamental em infraestrutura será um incentivo à circulação de renda e trará benefícios ao comércio. Quatrocentos e noventa entrevistados (74%) disseram “sim, totalmente” e 165 disseram “sim, parcialmente”.

Sugestões

   As últimas três questões da pesquisa foram na forma de consulta sobre sugestões de ações. A primeira delas foi sobre o incentivo a concessão de crédito, a fim de evitar o represamento de recursos dos programas emergenciais nos bancos. Este foi o resultado: Duzentos e cinquenta e um entrevistados apontaram como “essencial”, 203 como “muito importante” e 188 como “importante”.

   Sobre a utilização de parte das reservas cambiais para o financiamento de programas emergenciais (atualmente o Brasil tem US$ 360 bilhões em reservas cambiais), 262 entrevistados consideraram “importante”, 189 “muito importante” e 133 “essencial”.

   A última sugestão foi sobre a flexibilização na alocação de recursos do FGTS, com aplicação parcial em mercado de capitais com maior rentabilidade, por período determinado. Trezentos e cinco dos entrevistados consideram “importante”, 154 como “muito importante” e “95 “pouco importante”.

   A pesquisa da CNC teve o apoio das federações, dos sindicatos, do Sesc e do Senac.

Nelson Bizoto, presidente do Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região (Sindicam), destaca que a CNC, juntamente com as federações, estão elaborando propostas que serão levadas ao governo federal para apoiar as empresas do comércio na retomada econômica.

Da Assessoria

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