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Prisão de um dos maiores hackers do Brasil teve apreensão de bens em C. Mourão; vídeo

GAECO prendeu em Curitiba hacker com codinome Bart, que teria desviado mais de R$ 40 milhões de contas bancárias das vítimas

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná cumpriu na manhã desta quinta-feira (11), em Curitiba, mandado de prisão no âmbito da operação Open Doors, que apura crimes praticados por um grupo de hackers.

Mala de viagem onde estavam ensacados R$ 630 mil apreendidos com o hacker Bart em um apartamento de luxo no centro de Curitiba Foto: Divulgação

Lucas I. T., o Bart, considerado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro “um dos maiores hackers do Brasil, foi preso em uma cobertura de luxo na região central de Curitiba com R$ 630 mil ensacados em pacotes escondidos dentro de uma mala de viagem.

Apartamento onde foi preso hacker Bart, em Curitiba, tinha hidromassagem na sala com vista para o centro de Curitiba Foto: Divulgação

Lucas é apontado como um dos líderes de uma quadrilha que movimentou, entre 2016 e 2018, R$ 150 milhões, em desvios de contas bancárias de vítimas de pelo menos sete estados.

Apenas o núcleo liderado por Bart desviou ao menos R$ 40 milhões, de acordo com as investigações que correm em segredo de Justiça. O dinheiro era depositado em contas de laranjas ou usado para adquirir patrimônios, como casas e carros de luxo.

Os investigadores chegaram até o hacker depois de meses de investigação após ele ter feito a compra de um cachorro da raça Shih tzu. Ele comprou o cão com um cartão de terceiro, mas registrou o animal com seu próprio nome, o que confirmou o esquema de lavagem já monitorado pelos investigadores. Foi rastreado e surpreendido pelos policiais na manhã desta quinta-feira.

Além do hacker Bart, outras 15 pessoas foram presas: 12 no estado do Rio, duas em Minas Gerais e uma em Goiás. Em Campo Mourão (PR) foram apreendidos três veículos e cerca de R$ 38 mil, além de cartões bancários e equipamentos.

Open Doors

A “Open Doors” começou em 2017 com o objetivo de combater uma quadrilha de criminosos que fraudavam operações bancárias por meio de sites falsos. A 5ª fase da operação se valeu das denúncias das fases 1 e 2.  Porém, as investigações começaram quando a polícia prendeu três policiais por um triplo homicídio na região dos Lagos, a mando de outro hacker chamado Richard Lucas.

Na primeira fase foi desarticulado o grupo intermediário do esquema, com 16 pessoas denunciadas pelos crimes de organização criminosa, furto, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Nela, foi possível verificar que o grupo usou veículos no valor de R$ 900 mil em nome de terceiros para ocultar bens.

Na fase 2, em decorrência da apreensão de computadores de dois dos 237 denunciados – entre eles seis hackers -, foi possível descobrir um grande número de transações para desvio de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Da Redação com jornal O Globo e Paraná Portal

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