A quarentena tem feito com que nós nos conectemos cada vez mais com nossos colegas de trabalho e até mesmo familiares por videoconferências. Se você, durante uma destas chamadas, percebesse que uma mulher precisa de ajuda, pois sofre agressões do marido em casa, o que faria? Essa é a discussão que quer propor o Instituto Maria da Penha (IMP).
O instituto buscou fazer um alerta sobre a violência doméstica durante a pandemia do novo coronavírus. Como já foi destacado várias vezes, o isolamento tem feito com que as agressões se tornem cada vez mais rotina. Só no Rio de Janeiro, houve aumento de 50% de casos de violência doméstica neste período e a situação se espalha pelo país.
De forma bem real, a campanha reproduz uma chamada de vídeo, onde acontece uma reunião matinal da empresa, mas umas mulheres percebem em uma das colegas que havia algo errado. A funcionária fala, através de texto, que seu companheiro está a agredindo e uma colega de trabalho chama a polícia.
“Tranca, tranca! Amiga, já tranca, não perde tempo! Tranca tudo! A polícia chegou?”. A campanha do Instituto Maria da Penha faz um alerta para que as vítimas busquem, sim, ajuda, mas também que as testemunhas também ajudem, denunciando. Veja o vídeo:
Objetivo é conscientizar vítimas e testemunhas
O vídeo, que é de arrepiar, pois parece muito real, reproduz a total realidade do que vive muitas mulheres Brasil afora. Em tempos de quarentena, a situação pode piorar. “A violência doméstica é uma pandemia dentro da pandemia“, disse a superintendente-geral do Instituto Maria da Penha, Conceição de Maria, em entrevista à Rádio O POVO/CBN.
Conceição destacou que o aumento dos casos de violência doméstica pode se dar por diversos fatores, mas que um deles é o convívio por muito tempo, pelo isolamento. Outro fator é o uso de álcool ou drogas, mas também até mesmo problemas financeiros. Nada, nunca, vai ser explicação suficiente para agressão.
A superintendente-geral do IMP destaca que o álcool, drogas ou a própria crise financeira “não transformam ninguém em agressor”. “Essa atitude agressora já existia e está sendo potencializada por essas questões”, reforça e alerta. Se você perceber uma situação de violência doméstica, denuncie para o telefone 180 ou até mesmo pelo 190, da Polícia Militar.
Fonte: RIC Mais