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Simpatia da romã: aprenda ritual para atrair dinheiro no Dia de Reis

Ritual de comer, jogar fora e guardar sementes em louvor a Gaspar, Belchior e Baltazar é tradição no Brasil e no exterior

Manda a tradição que no Dia de Reis, data em que encerra o ciclo natalino segundo a crença cristã, se coma romã, a fruta que é o símbolo da fartura. O ritual, que neste ano é celebrado nesta sexta-feira (06/01), tem a melhor das intenções: garantir dinheiro no bolso o ano inteiro e – por que não? – pedidos de amor, saúde, paz e tranquilidade.

Cada um tem um jeito particular de fazer o ritual. Alguns acreditam que se deve engolir três caroços da fruta, jogar o mesmo número para trás e guardar o mesmo tanto na carteira. Enquanto repete a frase: “Gaspar, Belchior e Baltazar, que o dinheiro não venha me faltar”. Há ainda quem dobre a contagem, fazendo com seis sementes, em referência ao dia 6, quando os Reis Magos visitaram o Menino Jesus.

No Mercado Central de Belo Horizonte, na Região Centro-Sul da capital, há romãs de todos os tamanhos e variedades. “Quem mais procura são os mais velhos. O pessoal jovem nem conhece mais o que é romã”, conta o vendedor José Vitor, da barraca Magno Frutas. Na casa dele, a simpatia também é tradição. “Todo ano minha esposa pede para levar romã. Mas eu mesmo não sei como faz”, relata.

A estrela da festa de reis custa R$ 20 a unidade importada na barraca de José. Já a fruta cultivada no Brasil é vendida por R$ 10. Já a fruta cultivada no Brasil é vendida por R$ 10, pesando meio quilo. Entre as duas opções, vale a fé, acrescenta José Vitor. No concorrente Barraca do Patureba, só é oferecida a romã espanhola por R$ 20.

Também há a opção de levar só a metade da fruta, como fez o aposentado Cleso da Piedade de Sousa, de 77 anos. A família de Cleso mantém o costume de fazer a simpatia com a romã há quase três décadas. “Isso é coisa das minhas irmãs. Eu mesmo nem sei como elas conheceram. Como não vou perder nada, sempre faço com elas. Mas tem que botar pelo menos um pouco de fé”, contou.

O contador Adriano Fernandes Dias, de 52 anos, aprendeu a simpatia há três anos com a sogra e, desde então, nunca deixou de fazer. O ritual, segundo ele, foi uma ajuda poderosa para enfrentar uma crise financeira no período de pandemia. “Consegui equilibrar minhas contas, mesmo com tudo parado. Eu sinto que devo isso a simpatia”, contou.

Caminhando pelos corredores do Mercado Central, ele aproveitou para levar a fruta para que ele e a esposa fizessem seus pedidos amanhã. “A pessoa tem que ter fé. Se tiver, vai dar certo”, disse. Apesar de só ter conhecido a tradição em 2019, o ritual faz parte da família da esposa há anos. “Pra mim foi ótimo. Consegui muitas coisas com a simpatia”, afirma.

Fonte: Estado de Minas

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